Continuação da SÉRIE | Dez falácias sobre o Conservadorismo —“São fanáticos religiosos” (1); “São contra a evolução, contra as inovações” (2),“São patrimonialistas” (3), “Nazistas e fascistas eram conservadores” (4),“São demofóbicos” (5), “São homofóbicos” (6),“São misóginos” (7),“São racistas” (8), “São xenófobos” (9)
10) Décima falácia, mas não a última a ser lançada contra os Conservadores – Que somos covardes e violentos.
A violência, comumente, resulta da incapacidade de tratar com argumentos os embates porventura surgidos entre indivíduos, grupos ou nações. Diante da fraqueza ou da ausência da franqueza de argumentos, surge a violência. Na primeira forma, como meio de fazer prevalecer o que a palavra inconsistente é incapaz de vencer. Na segunda, como meio de antagonizar a injusta agressão, já concretizada ou ainda vindoura. É, então, defesa. Por vezes, para evitar esta defesa, perpetram-se ações covardes, como a atuação agressiva de grupos contra indivíduos ou outros grupos em condição de indefesa, como forma de demonstração de pretensa superioridade, o que bem sabem estes agressores, em seu íntimo, embora o neguem consciente ou inconscientemente, que não o são.
Seriam os conservadores violentos por defenderem o livre acesso às armas? Para quê armas? Para defenderem de modo autônomo, a liberdade pessoal e de seus entes queridos e sua propriedade e, ainda, terceiros incapazes e injustamente agredidos como aqueles atacados por grupos, no exemplo acima citado, por reconhecerem a incapacidade estatal de prover ao tempo exato e devido a defesa legítima a todos os seus cidadãos e respectivas famílias e propriedades, sobretudo, em um país de dimensões continentais como o Brasil.
Não se desejam armas para derrubar governos ou fazer revoluções. Muito pelo contrário, para defendê-los quando legitimamente eleitos e para inibir ou impedir estas últimas, se somente aos “fora da lei” forem acessíveis as armas para a satisfação de seus intentos. Exemplos históricos da supressão de armas junto a populações inteiras reforçam a desconstrução desta falácia. Governos autoritários só temem seus cidadãos quando e enquanto estes estiverem armados.
Bem, para você, leitor, que chegou até o final de nossa exposição e efetiva desconstrução dessas “dez falácias sobre o Conservadorismo” e que gostaria de conhecer um pouco mais sobre o uso de falácias no cotidiano, o que tem lugar nos mais distintos ambientes, seja em discussões familiares, seja em mesas de bar ou nas salas de aula, o convidamos a conhecer um pouco mais sobre a temática, para o que discorremos a seguir sobre dois tipos muito comuns de falácias:
1) A falácia do espantalho: é quando um dos debatedores ignora propositalmente a posição do seu interlocutor, os argumentos de sua defesa e a substitui por uma versão distorcida, que representa, também de forma propositalmente errada, esta posição. Ou seja, passa a agir como um “tradutor” da posição do outro para uma eventual platéia, tentando levá-los a crer que as palavras que saem de sua boca mais a tradução fiel do pensar e agir do outro, cuja interpretação direta deve ser descartada, como se a presença do próprio inexistisse. Em razão disso, a presença daquele seria equiparada a de um mero espantalho.
2) Falácia do argumento “ad hominem”: ou seja, a crítica contra a pessoa, ao autor, ao emitente da opinião e não ao conteúdo que este expressa. Tenta-se destruir ou fazer a plateia desconsiderar o valor do conteúdo dos argumentos em oposição em razão de uma tentativa, ainda que absurda, de desqualificação da pessoa contra quem se debate.
Essa série foi publicada pelo colunista Antonio Nunes Barbosa Filho originalmente no site do Movimento Docentes Pela Liberdade (DPL).