Continuação da SÉRIE | Dez falácias sobre o Conservadorismo —“São fanáticos religiosos” (1); “São contra a evolução, contra as inovações” (2),“São patrimonialistas” (3), “Nazistas e fascistas eram conservadores” (4),“São demofóbicos” (5), “São homofóbicos” (6),“São misóginos” (7)
8) Oitava falácia – Que somos racistas: que pretensamente discriminamos etnias ou por origem, por orientação religiosa ou por preferência sexual. Em realidade, esta falácia se desdobra em várias, cada qual com os seus respectivos falsos argumentos.
Passemos ao exame de cada uma destas: quanto à discriminação por preferência sexual, esta já foi desconstituída na 6ª falácia (Os conservadores são “homofóbicos”). Que discriminamos por orientação religiosa, falso! Pois, como igualmente explicitado, a tradição judaico-cristã baseia-se na tolerância e na reciprocidade entre as religiões, a partir do respeito às crenças individuais ou ate mesmo na ausência desta. Não pregamos o extermínio de quem quer que seja, muito menos por causa de sua fé, como afeito a outros, segundo suas ideologias. Muito pelo contrário, nos dias atuais, aqueles que sofrem, por todo o mundo, as maiores perseguições em razão da natureza de seu credo são justamente aqueles que professam os ensinamentos judaico-cristãos. E isso, é inegável! Que discriminaríamos por origem, que seríamos pretensamente xenófobos, este tema é tratado com detalhes na 9ª falácia, sobre a qual discorreremos a seguir. Por fim, que discriminamos por etnia. Mais um falso argumento que igualmente não se sustenta.
Ora, bem dizem as Escrituras Sagradas que a integridade é um atributo divino, pois “Ele é íntegro, justo, correto e perfeito” (Deut. 32:4). Tendo Ele criado o homem à sua imagem e semelhança, compartilha conosco essa virtude e deseja (tendo firme expectativa, mesmo ciente de nossas limitações) que esta seja também uma de nossas qualidades. Logo, a integridade de caráter não tem cor, não se estabelece simplesmente por professar um credo, tampouco pode ser adquirida nos mercados ou ser obtida em troca de algumas moedas, como se refletisse o patrimônio material de alguém. A este respeito, nos ensina um dos homens de maior integridade dentre aqueles citados nos relatos bíblicos, Jó (27: 4-6):
“4meus lábios não falarão maldade, e minha língua não proferirá nada que seja falso.
5Nunca darei razão a vocês! Minha integridade não negarei jamais, até a morte.
6Manterei minha retidão e nunca a deixarei; enquanto eu viver, a minha consciência não me repreenderá”.
Assim, quem se espelha nesse Deus, não olha outra coisa em seu semelhante que não o seu caráter, que se expressa em seus gestos, palavras, atos e omissões.
Continua…
Essa série foi publicada pelo colunista Antonio Nunes Barbosa Filho originalmente no site do Movimento Docentes Pela Liberdade (DPL).