Falácia – do latim fallare, enganar; qualidade do que é falaz; qualquer enunciado, argumento ou raciocínio falso, inconsistente, inválido ou falho que, todavia, simula a verdade, com aparência de correto, na tentativa de sustentar o que alega; aquilo ou aquele que tem em si falsidade.
No campo do debate das ideias existe uma máxima que diz: “Acuse o seu inimigo daquilo que você é!”. Assim na efervescência das narrativas amplamente divulgadas, a população em geral já não terá condições de distinguir este daquele grupo. Este daquele ideário, estando, assim, a mercê de quem domina os meios de comunicação, como feito em muitos países totalitários. Como fazem os ditadores e todos os que têm aspirações de sê-lo. Neste sentido, se processa o que se convenciona chamar de “assassinato de reputações”, imputando ao outro lado aquilo que não é justamente a essência de seus opositores. E tal acontece com os Conservadores comumente atacados por associações caluniosas quanto aos seus valores ou comportamento, dentre as quais listaremos e poremos abaixo as 10 (dez) falácias mais comuns sobre o Conservadorismo.
Bom, mas a priori convém explicitar quem é o indivíduo conservador, seus valores, modo de pensar e de agir para, em seguida, refutarmos de modo inconteste cada uma destas falácias.
Em termos simples, o conservador “é aquele indivíduo que deseja preservar aquilo que ama”, sobretudo a vida, a liberdade, a pátria e a família, em especial por entender que esta última é a base da sociedade que se converterá em nação. Assim, destruindo-se aquela jamais se alcançará esta, em suas expectativas de respeito ao próximo, de justiça, de igualdade e de prosperidade, que são princípios que devem caminhar lado a lado. O conservador preza pela liberdade, ampla, geral e irrestrita, a qual deve ser somente limitada pela responsabilidade consigo mesmo e com os demais, de modo recíproco. Para tanto, entende que o cidadão, a menor das minorias, deve ser amplamente protegido de e não tutelado pelo Estado, que jamais pode ser o senhor das vontades e dos destinos.
Dito isto, passemos ao exame das falácias:
1) Primeira falácia – Que somos fanáticos religiosos: herdeiros das tradições judaico-cristãs, por um lado e das Greco-Romanas, de outro, defendemos valores inegáveis como a honra, verdade e fé em um Ser supremo, que nos impele a sermos jutos, honesto e verdadeiros. E destes não devemos nos afastar, sob pena de nossa própria consciência ser o primeiro e mais rigoroso julgador de nós mesmos. Quem não baliza seus atos por estes sentimentos não se importa em mentir, ser injusto e até mesmo cruel, posto que incapazes de julgarem a si próprios, não compreenderão a necessidade de colocar freios ao mal que aos seus semelhantes possam causar. Nesta esteira, não faltam exemplos de atrocidades que, ao longo da história da humanidade, foram capazes e ainda o são, na atualidade, de causar tanto sofrer até mesmo em seus nacionais. Explicita-se, portanto, nesta simples distinção, a impossibilidade dos Conservadores serem fanáticos religiosos e aqueles a quem é possível, por negação da importância de uma religião como balizador positivo para a vida humana, em nome das ideias que defendem, infligir danos continuados aos demais de sua espécie.
Continua…
SÉRIE | Dez falácias sobre o Conservadorismo —“São fanáticos religiosos” (1); “São contra a evolução, contra as inovações” (2),“São patrimonialistas” (3), “Nazistas e fascistas eram conservadores” (4),“São demofóbicos” (5), “São homofóbicos” (6),“São misóginos” (7),“São racistas” (8); “São xenófobos” (9),“São covardes e violentos” (10)
Essa série foi publicada pelo colunista Antonio Nunes Barbosa Filho originalmente no site do Movimento Docentes Pela Liberdade (DPL).