O professor palestino muçulmano da Universidade de Nova York (NYU), Amin Husain, é um dos mentores por trás do grupo ativista militante de esquerda que realizou ataques e tumultos no metrô novaiorquino no mês passado, destruindo catracas, prendendo milhares de passageiros e pintando com spray “Fod*-se Polícia” nas paredes das estações.
Amin Husain, 44, é co-fundador do “Decolonize This Place” (Descolonize Esse Lugar), que instou seus seguidores radicais em uma campanha de mídia social a “f*ck sh*t”, em 31 de janeiro, a um violento ataque ao sistema de trânsito da cidade nova-iorquina que resultou em 13 prisões e US $ 100.000 em danos.
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse que o professor foi “repelido” pelo vandalismo, e o comissário de polícia, Dermot Shea, chamou os ataques de 31 de janeiro de “criminosos”.
“Você não pode ter uma situação na cidade de Nova York em que as pessoas estão postando nas mídias sociais a intenção do que vão fazer”, disse Shea.
Recentemente, Husain deletou a maioria de seus posts nas redes sociais, de modo que o papel exato que ele poderia ter desempenhado nos ataques violentos não seja conhecido. Os ativistas militantes de esquerda pediam um sistema de trânsito livre, “sem policiais” patrulhando os metrôs. Algumas estações foram vandalizadas com cola e mel derramados nas catracas para estragá-las ou acorrentando as portas.
Segundo o New York Post, Husain não retornou às mensagens do jornal pedindo comentários. Depois que o New York Post o contatou, suas informações de contato foram excluídas do site da Universidade de Nova York (NYU).
Questionado se Husain está sendo investigado ou se foi um dos presos, o Departamento de Polícia de Nova York (NYPD) se recusou a comentar.
“Nós nunca comentamos detalhes”, disse o tenente da NYPD, John Grimpel. Uma porta-voz do Ministério Público de Manhattan disse que não tinha registros de prisão para Husain.
De acordo com o site da universidade NYU, Husain ministrava um curso sobre ativismo militante de esquerda, e dessa forma, transmitia suas ideias radicais aos alunos.
Ativismo nas universidades
Palestino, quando adolescente, Husain falou publicamente sobre atacar soldados israelenses na Cisjordânia e Gaza, em 1987.
“Eu estava jogando pedras, coquetéis molotov, etc”, disse ele em um comício pró-palestino no Times Square, em Nova York, em julho de 2016, em um vídeo do YouTube.
Fundado em 2016 por Husain e sua colega ativista Nitasha Dhillon – uma ativista nascida na Índia – o ‘Decolonize This Place’ se descreve on-line como uma organização de “justiça social de base que busca conscientizar as lutas dos nativos e afro-americanos, palestinos e outros grupos marginalizados”.
Mas o site também apresenta vários manuais revolucionários, incluindo um diagrama intitulado “Como desligar a cidade”. O desenho mostra um guia passo a passo sobre como dominar um oponente, incluindo chutes na face e na virilha. Balões de pensamento apresentam palavras como “unhas”, “garrafas de vidro” e “máscaras”.
Husain ministrou um workshop chamado “Art, Activism and Beyond” (Arte, Ativismo e Além) no departamento de “Humanidades Experimentais” da Gallatin School for Individualized Study (Escola Gallatin para Estudo Individualizado) da NYU, uma pequena faculdade interdisciplinar na qual incluem alunos como os atores Rooney Mara e Dakota Fanning. O workshop “questiona a relação entre arte e ativismo”, e usa movimentos anarquistas como ‘Occupy Wall Street’(Ocupe a Wall Street) e ‘Direct Action Front for Palestine’ (Fronte de Ação Direta pela Palestina), um grupo anti-israelense, como estudos de caso, afirma o site da NYU.
Militância
Ex-advogado formado em Direito pela Universidade de Columbia, Husain trabalhou em Nova York no escritório de advocacia multinacional, King & Spalding, por cinco anos, a partir de 2004, antes de se dedicar à fotografia e se tornar instrutor de meio período na NYU em 2014, de acordo com seu perfil do LinkedIn e registros públicos. Ele também ocupa cargos de professor na New School e no Pratt Institute, de acordo com o LinkedIn.
“Nossos registros refletem que ele é um dos milhares de professores de meio período contratados anualmente por escolas e departamentos acadêmicos”, disse o porta-voz da NYU, John Beckman.
Entre 2018 e 2019, Husain esteve entre os líderes de um protesto de um mês no museu de arte americana ‘Whitney Museum of American Art’, que forçou a renúncia de seu vice-presidente, Warren Kanders, pelo controle de uma empresa que fabrica gás lacrimogêneo usado contra imigrantes ilegais na fronteira entre os EUA e o México.
Em 2016, Husain fez parte de uma demonstração no Museu de História Natural que exigiu a remoção da estátua de Theodore Roosevelt a cavalo, ladeado por dois nativos americanos em pé na entrada.
Husain também liderou os protestos no museu de Guggenheim, em Nova York, que visavam o uso de mão de obra imigrante pelo museu em sua nova localização que está sendo construída em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
Amin Husain também gosta de glorificar o terror e promover terroristas condenados nas mídias sociais.
No verão de 2016, ele apoiou o terrorista Mohammed Faqih, afiliado à Organização Terrorista Estrangeira, que assassinou o rabino Michael Mark, chamando-o de “combatente da resistência palestina”.
Em 2017, Husain publicou um vídeo em sua página no Facebook (agora excluído) que glorificava Leila Khaled, membro líder da organização terrorista Frente Popular para a Libertação da Palestina (PFLP), que participou do sequestro de dois aviões.
Islã e a esquerda
Nos últimos anos, a América do Norte se juntou à Europa para testemunhar uma aliança crescente entre muçulmanos e esquerdistas.
Os muçulmanos que apedrejam as mulheres, executam gays, atropelam os direitos humanos das minorias e abominam o feminismo. No papel, a esquerda deveria estar chocada com essa ideologia antifeminista, mas esses aliados improváveis alegremente deixam de lado suas diferenças, porque compartilham um ódio comum pela influência ocidental no mundo, pelo patriotismo, pela liberdade de expressão, pela tolerância e pelos valores judaico-cristãos.
Por exemplo, o senador Bernie Sanders de Vermont, que fez campanha para o líder esquerdista britânico Jeremy Corbyn, que trabalhou em estreita colaboração com o teórico da conspiração antissemita Paul Eisen, autor de um blog intitulado “Minha vida como negador do holocausto”. Sanders não faria campanha para alguém que fosse sexista, racista, homofóbico e islamofóbico. Mas, fez campanha para um antissemita, porque as organizações de esquerda incentivam o antissemitismo.
Para Milstein, a esquerda fecha os olhos para as ideias fanáticas do Islã radical, como o tratamento de mulheres, gays e minorias. Ignoram também, a convicção dos muçulmanos quanto à superioridade da moral islâmica e sua cultura. A esquerda infantiliza os muçulmanos e retrata o Islã como um bloco monolítico, simboliza-os como o “povo oprimido pelo Ocidente”.
Nesta visão de mundo distorcida e histórica esquerdista, Israel é um “opressor colonialista” que visa os muçulmanos; e os judeus são um “grupo todo-poderoso” que é culpado de todos os problemas no Oriente Médio e no mundo.
Essa aliança entre a esquerda e o islamismo é bem caracterizada por outros ativistas políticos, como Linda Sarsour, uma das organizadoras da Marcha das Mulheres em Washington, que como líder feminista, também admira a vil misoginia da sharia. Ela chamou um jornalista judeu de “membro da extrema-direita antissemita”. E abriu um de seus discursos de “jihad contra Trump”, agradecendo à Siraj Wajjah, imam e líder da Aliança Muçulmana na América do Norte (MANA) e co-conspirador no atentado de 1993, no World Trade Center. Ela também elogiou o tratamento das mulheres na Arábia Saudita. Mesmo sendo apresentada como um modelo para as mulheres da esquerda nos EUA.
Crescimento da estranha aliança
Essa estranha aliança está crescendo. Em 2017, estudantes esquerdistas da Universidade Tufts, nos EUA, publicaram um “Guia de Desorientação”, que chamou Israel de um Estado de “supremacia branca”. Isto expõe a profundidade do antissemitismo entre os esquerdistas nos campos universitários e demonstra como esses grupos usam a mesma retórica dos grupos muçulmanos radicais, que chamam Israel de “ocupante colonial”. Um dos escritores do guia afirmou que isso não era antissemita, porque ela mesmo era judia.
Na Universidade de Nova York, um guia semelhante “progressista” condenou Israel, fazendo referência ao país 55 vezes – com palavras como: “extrema-direita”, “racismo”, “fascismo” e “supremacia branca”.
Em maio, uma revista satírica de estudantes da Harvard editou uma foto “sensual” de Anne Frank, em que ela aparece com seios avantajados e de biquíni. A legenda da montagem da foto dizia: “Foi cedo demais: a tecnologia de envelhecimento virtual nos mostra como a Anne Frank poderia parecer, se ela não tivesse morrido. (…) Acrescente isso às razões pelas quais o Holocausto é uma droga”.
Em Chicago, dois eventos no ano passado ilustram ainda mais essa tendência: um, o Chicago Dyke March – um evento de ativismo LGBT – expulsou três pessoas por terem Estrelas de Davi em suas bandeiras do “orgulho gay”. Alguns meses depois, no SlutWalk – um evento destinado a se opor à agressão sexual – sionistas que marchavam foram ridicularizados pelos organizadores. Esses últimos ainda incentivaram os caminhantes a comparecerem a um discurso de Rasmea Odeh – um terrorista palestino que foi recentemente deportado dos EUA, condenado por matar dois estudantes judeus.
Irã
Essa curiosa aliança entre radicais muçulmanos e esquerdistas ficou famosa durante a revolução iraniana do final dos anos 70 – quando o aiatolá Ruhollah Khomeini derrubou o xá Mohammad Reza Pahlevi, com o apoio de esquerdistas e muçulmanos e, por sua vez, rapidamente deu poder aos muçulmanos radicais e dizimou a esquerda radical no país. O Xá visava diminuir o papel do islamismo na vida dos iranianos.
A população judaica de 3.000 anos do Irã, cerca de 100.000 judeus, pôde sentir o antissemitismo inerente dos esquerdistas e seu ódio pelo Ocidente, antes e durante a revolução iraniana e consequentemente, tiveram que emigrar em grande número o mais rápido possível – principalmente para os EUA e Israel.
Coalizão
Os muçulmanos, ao se aliarem à esquerda, estão construindo uma coalizão que procura destruir os valores ocidentais de liberdade, democracia e tolerância – os princípios fundamentais do Ocidente e de Israel, a única democracia no Oriente Médio.
Atualmente, muitas são as táticas utilizadas para tentar destruir esses valores. Há aqueles que trabalham para deter o “racismo” da direita contra os muçulmanos no mundo ocidental, ou há essa pressão feita na comunidade internacional para que Jerusalém não seja reconhecida como a capital do Estado de Israel, e até mesmo o boicote de produtos vindos de Israel, através de movimentos pró-palestinos e a desmoralização de artistas que queiram realizar seus shows em território israelense.
Enfim, a esquerda e o islã estão mais do que nunca alinhadas e com um único objetivo, destruir os valores judaico-cristãos. E encontraram uma forma rápida e forte de atuação, através de seus tentáculos infiltrados na política, na educação acadêmica e na mídia.
O crescimento dessas alianças – especialmente nos campos universitários, na política e na mídia – é uma grande ameaça ao modo de vida ocidental.