Na manhã desta quarta-feira (8), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dirigindo-se à imprensa na Casa Branca, realizou sua primeira manifestação para emissoras de TV após os ataques do Irã contra alvos americanos no Iraque realizados na noite de ontem.
Sobre os ataques, Trump confirmou não ter havido nenhuma morte americana ou iraquiana e creditou o sucesso ao sistema de alerta da Defesa americana. Os danos [físicos] dos ataques também foram mínimos, afirmou o presidente.
Em tom firme o presidente americano reforçou sua política de endurecimento nas relações com o Irã e voltou a afirmar que durante seu governo o regime não terá permissão para desenvolver qualquer arma nuclear. Segundo Trump, o tempo de tolerância aos abusos do Irã acabaram, mencionando os ataques com drones realizados pelo Irã contra instalações petrolíferas da Aramco, na Arábia Saudita, e a derrubada de dois drones americanos.
“Eles receberam [do acordo nuclear assinado por Barack Obama] US$ 150 bilhões de dólares, em dinheiro, e em vez de de dizer “obrigado”, cantaram morte aos Estados Unidos, cantaram morte aos EUA no dia em que assinaram acordo nuclear”.
Trump diz que o Irã parece estar recuando, “o que é bom para todas as partes envolvidas”, disse.
O presidente deixou claro que as forças militares americanas estão prontas para tudo, que os Estados Unidos têm as armas mais poderosas do mundo mas que espera não ter de utilizá-las.
O poder americano, tanto o militar quanto o econômico é o mais eficiente, completou, no mesmo instante em que anunciou novas sanções contra o regime do líder supremo Ayatollah Ali Khamenei.
Alemanha, China, Reino Unido, Rússia e França foram cobrados pelo presidente para também deixarem o acordo nuclear.
Além disso, Trump disse que irá cobrar maior participação da OTAN no Oriente Médio.
Por fim, sinalizando que os EUA não buscam por novos ataques ou pela escalada nas tensões, Donald Trump disse que os Estados Unidos estão prontos para a paz.
Escalada nas tensões
Na noite da última terça-feira (8) o regime iraniano colocou em ação o que eles consideraram retaliação aos Estados Unidos pela morte do terrorista e general iraniano Qassem Soleimani, eliminado por um ataque de drone realizado pelos americanos em 2 de janeiro.
Veja a retrospectiva dos eventos que escalaram a tensão na região.