O Instituto de Estudos do Caribe (ICS) recebeu na sexta-feira (15), um relatório sobre a polêmica fronteiriça entre a Venezuela e a Guiana, segundo informações da South Florida Caribbean News.
Inteligência e informações foram compartilhadas pelo Capitão Gerry Gouveia, Conselheiro de Segurança Nacional do Presidente da Guiana, e Carl Greenidge, atual Conselheiro de Fronteiras e ex-Vice-presidente e Ministro das Relações Exteriores do país.
Durante seus mais de 25 anos protegendo e defendendo os melhores interesses do Caribe e de sua diáspora nos Estados Unidos, o ICS sempre manteve firmemente o status do Caribe como uma zona de paz e considera qualquer desenvolvimento, que represente uma ameaça à paz e à estabilidade do Caribe e do hemisfério, muito preocupante.
O ICS está ciente do argumento da Venezuela de que a Sentença de Arbitragem de 1899 que estabelece as fronteiras entre os dois países é inválida. Este é atualmente um assunto perante o Tribunal Internacional de Justiça e está em conformidade com o Acordo de Genebra de 1966.
Por esta razão, o ICS exorta ambas as partes a desistirem de qualquer ação que sirva para agravar tensões e gerar insegurança entre suas respectivas populações, especialmente após o delineamento dos planos de Maduro recentemente.
O ICS também considera a emissão do decreto provocativo na quinta-feira, 7 de janeiro de 2021, pelo ditador do regime socialista venezuelano, Nicolás Maduro, que visa reforçar a reivindicação da Venezuela sobre a região de Essequibo, na Guiana.
Inteligência compartilhada pelo Governo da Guiana revela que, na sexta-feira (15), os navios de guerra venezuelanos estavam nas águas territoriais e na Zona Econômica Exclusiva da Guiana. Houve relatos de navios não identificados vistos ao largo da costa de Granada. Estes foram vistos cruzando a área dando a impressão de que há uma concentração militar na região.
Por essas razões recentes, os planos de Maduro para administrar as diferenças entre essas nações são preocupantes.
Qualquer ação, seja realizada em nome do vizinho ocidental da Guiana ou por outro representante estrangeiro, deve ser paralisada imediatamente, o que foi concluído na mencionada reunião.
O ICS insta ambas as partes a permanecerem comprometidas com uma resolução pacífica desta disputa. Isso permitirá que as deliberações da Corte Internacional de Justiça sigam seu curso.
Além disso, o ICS apela a ambas as partes para que evitem qualquer ação que perturbe a atividade econômica e o desenvolvimento dos dois países.
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