A organização Portas Abertas lançou ontem (15) sua Lista Mundial de Perseguição, identificando os 50 principais países onde é mais perigoso seguir Jesus Cristo. 260 milhões de cristãos foram afetados por níveis extremos de perseguição no ano passado. Isso é superior aos 245 milhões do ano anterior.
A Coreia do Norte ocupa o primeiro lugar novamente pelo 18º ano consecutivo como o pior lugar do mundo para os cristãos; resultado de estar sob a liderança de um regime comunista.
Na maioria dos 50 países principais, o islamismo desempenha um papel enorme nos níveis de perseguição.
Certamente, o islã alimentou a perseguição entre a maioria dos outros países que completam o top 10: Afeganistão, Somália, Líbia, Paquistão, Eritreia, Sudão, Iêmen, Irã e Índia. Com exceção da Índia, onde a perseguição aos cristãos vem aumentando preocupantemente, devido à visão de que “um indiano deve ser hindu”, então qualquer outra fé – incluindo o cristianismo – é vista como religião estrangeira.
Segundo a Portas Abertas, todos os dias no ano passado, uma média de 8 cristãos foram mortos por sua fé , 23 foram estuprados ou assediados sexualmente por violência relacionada à fé, e semanalmente, 182 igrejas ou edifícios cristãos foram atacados e 276 casas de cristãos queimadas ou destruídas.
A Portas Abertas revela que 1 em cada 8 cristãos em todo o mundo vive em lugares onde eles sofrem altos níveis de perseguição por simplesmente acreditarem em Jesus Cristo.
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Tecnologia e a perseguição
Em 2019, o regime comunista da China aumentou tanto a perseguição aos cristãos que o país saltou do número 43 em 2018 para 23 neste novo relatório.
Os crimes inigualáveis de direitos humanos da China contra os cristãos tem como objetivo eliminar o sentimento religioso de seus interesses.
A situação para os cristãos da China é terrível. O governo comunista chinês de Xi Jinping implantou um extenso mecanismo de vigilância para monitorar os cristãos. Eles estão realizando isso através da vigilância com pontuação social que mede o comportamento do cristão, com qual frequência ele vai à igreja ou leva seus filhos à escola dominical. Esses comportamentos de um cristão são vistos como pontos negativos.
O governo do ditador Xi Jinping está utilizando essa pontuação social e fundindo-a com a vigilância não apenas para “proteger os cidadãos” nas ruas, mas para exercer uma vigilância invasiva dentro das igrejas. Como consequência, igrejas domésticas estão sendo fechadas por não cumprirem as exigências, e pastores e líderes religiosos estão sendo presos por não cumprirem a lei de “Regras para a administração de grupos religiosos” que exige aos cristãos sua adaptação à sociedade socialista chinesa.
Poucos percebem que há um perigo iminente no que se refere à tecnologia chinesa. Ela vem sendo lentamente implementada não apenas em países socialistas, mas também em vários países do ocidente que hoje prezam e defendem a liberdade religiosa. No entanto, a exportação dessa perigosa tecnologia poderá se tornar em um futuro próximo uma ameaça para a liberdade individual, e consequentemente, para a liberdade religiosa.
O governo comunista de Xi Jinping não dá ponto sem nó; ele está construindo uma rota física e também tecnológica de domínio e perseguição para outros regimes ao redor do mundo.
Na china não existe o estado de direito. Tecnologias que podem parecer amplamente apolíticas superficialmente, podem se tornar uma arma política quando o Partido Comunista da China (PCCh) decide usá-las para fins político.
Atualmente, o sistema de vigilância está sendo usado para pressionar pessoas e empresas que fazem parte do Sistema Oficial de Crédito Social dentro da China. No entanto, a exportação dessa tecnologia de vigilância chinesa podem desencadear um espiral negativo e incontrolável também no Ocidente.
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