O Texas se tornou o primeiro estado americano a optar por não receber novos refugiados no ano fiscal de 2020. A decisão vem após o presidente Donald Trump ter expedido uma ordem executiva em setembro do ano passado dando aos estados e condados autonomia para decidir se desejam ou não abrigar refugiados. A decisão, segundo o governador texano Greg Abbott (R), não impede que refugiados sigam para o Texas após já terem se estabelecido em algum outro estado americano por algum tempo.
“O Texas é um dos estados mais acolhedores para refugiados que procuram escapar de perigos no exterior”, escreveu o governador do Texas, Greg Abbott, em uma carta de 10 de janeiro ao secretário de Estado Mike Pompeo.
Abbott disse ainda que o estado do Texas recebeu 10% de todos os refugiados nos Estados Unidos nos últimos 10 anos e que ao mesmo tempo teve de lidar com questões imigratórias totalmente desproporcionais com a entrada de ilegais pela fronteira do estado com o México.
Como funcionava antes
Antes da decisão de Trump que descentralizou a decisão sobre refugiados para os estados e condados, o Departamento de Estado era quem atribua cada refugiado para uma das nove agências (ONGs) responsáveis pelo assentamento de cada um deles; as ONGs, por sua vez, designavam qual estado receberia cada um dos imigrantes. As organizações responsáveis pela escolha do local de assentamento eram a Church World Service, Ethiopian Community Development Council, Lutheran Immigration & Refugee Service, Episcopal Migration Ministries, U.S. Committee for Refugees and Immigrants, United States Conference of Catholic Bishops, Hebrew International Aid Society (HIAS), World Relief, e International Rescue Committee.