Vivemos uma época onde o apelo para ganhar a confiança do ouvinte através do vitimismo é latente e vergonhoso. E essa engenharia social tem um objetivo bem definido.
Os exemplos desse sentimentalismo tóxico abundam.Há algum tempo atrás a Gilette lançou uma propaganda utilizando-se o marketing de agenda, onde seu objetivo não era vender seu produto, mas uma ideia. Através do recurso da engenharia social, tentaram transmitir a ideia da masculinidade tóxica, induzindo as pessoas a pensarem que o comportamento idiota é característica masculina. Porém, não ficou sem uma resposta à altura pois uma contra-campanha foi lançada a seguir mostrando seu verdadeiro papel na sociedade.
Nem as produções cinematográficas estão livres dessa epidemia, quem acompanha a série Sabrina, da Netflix sabe bem disso, assim como quem assistiu Democracia em Vertigem, de Petra Costa.
Desde que me entendo por gente, nunca vi um Presidente (na verdade, ninguém, nem criminosos) ser tão atacado pelo establishment quanto Bolsonaro.
Recentemente o país inteiro testemunhou o absurdo caso da invasão do celular do atual Ministro da Justiça, Sérgio Moro, cuja idoneidade dispensa descrições.
E qual a narrativa usada pelas nossas instituições? A fundamentada no vitimismo: um atentado contra a liberdade de imprensa. Basta olhar para a Rússia, para desconstruir esse argumento ridículo e o Brasil está muito longe do que acusam. Aqui os jornalistas mentem e distorcem os fatos praticamente todos os dias, livremente, enquanto lá, Putin prendeu mil pessoas!
Flávio Gordon, em “A corrupção da inteligência”, diz que uma das táticas da Esquerda é se colocar na posição de vítima. Isso acontece porque, nesta condição, pode, tecnicamente, fazer o que quiser, pois está tentando escapar da opressão…
Atrás do escudo da “fragilidade” do pseudo Davi que luta contra o ilusório Golias, jornalistas acreditam ter cheque em branco para cometer crimes (como as investigações estão começando a apontar). Neste caso citado vemos que o hacker (já não negam mais a existência dele) invadiu 1000 telefones (e isso demanda um tempo enorme). Quem consegue acreditar nessa versão que não cobrou nada por isso? E ainda querem que que engulamos a versão que depois deste trabalho, o meliante de longa ficha criminal iria pedir o intermédio de Manuela D’Ávila para se comunicar com Glenn Grenwald? Todos sabemos que ele fez um tutorial na DeepWeb com o protocolo de envio desse tipo de informação.
E claro, não podia faltar a audiência de custódia para que registrassem os “maus tratos” sofridos…
Por que os envolvidos nesse episódio são tratados como vítimas enquanto as verdadeiras vítimas desse crime são tratadas de forma hostil pelas instituições que deveriam proteger o cidadão honesto? Ser esquerdista virou atenuante?
Nossas mídias e instituições democráticas, aparelhadas pelos esquerdistas durante décadas, demonstram como o país enfrenta um câncer em estágio de metástase.
Não se vê mais o compromisso com a verdade, a honestidade intelectual e usa-se, frequentemente, a técnica do espantalho para atacar diariamente nosso Presidente desde a época da campanha.
Como se já não bastasse termos testemunhado sua absurda condenação no caso Maria do Rosário (algoz se travestindo de vítima), essa semana somos brindados com o sr. Felipe Santa Cruz entrando com uma representação contra Bolsonaro no STF pelo que ele falou sobre seu pai, conhecido comunista.
O mesmo Felipe que chamou nosso Ministro da Justiça de “chefe de quadrilha” e faltou com o respeito com as advogadas brasileiras, muitas delas mães de família respeitáveis, chamando-as de prostitutas. Podem eles faltar com o respeito, mentir, etc. e um cidadão honesto como nosso Presidente não poder falar a verdade?
É de conhecimento público que o pai desse senhor fazia parte de um movimento armado comunista e que era (e ainda é) prática comum entre eles o “justiçamento” [01]. O comentário de Bolsonaro ao menos tem fundamento.
A leitura que fazemos dessa situação é do menininho mimado que chega por trás do menino que ele inveja, mas é muito maior do que ele (aqui em diversos sentidos), xinga, cospe, empurra, joga pedra, etc. e quando sofre o revide, ele começa a chorar e vai pedir ajuda aos funcionários da escola alegando que o agressor é covarde.
A Anistia Internacional também rebateu a fala de Bolsonaro dizendo que “É terrível que o filho de um desaparecido pelo Regime Militar tenha que ouvir do presidente do Brasil, que deveria ser o defensor máximo do respeito e da justiça no país, declarações tão duras.” (Estadão). Basta assistir ao vídeo onde o Presidente fala sobre o assunto, enquanto corta o cabelo, para perceber o excesso na opinião da Anistia Internacional. Assista.
Já nós pensamos que terrível é ter esse cidadão liderando a OAB… Terrível deve ter sido para as famílias que perderam parentes nas mãos desses assassinos sociopatas, assaltantes de banco, saqueadores, sequestradores, etc. Quantos não perderam a vida e foram torturados por eles?
Já pensou se o Presidente Bolsonaro reabre a Comissão Nacional da Verdade, para apurar a verdade sobre o mencionado período?
Nós, cidadãos honestos, parabenizamos nosso Presidente! Seu povo tem orgulho do representante que escolheu, já os advogados…
Vejo com preocupação essa naturalidade com que se mente no país. As consequências para a sociedade a médio longo prazo serão desastrosas.
Como pode uma deputada federal (Sâmia Bonfim) afirmar que Bolsonaro foi cúmplice do assassinato do pai do presidente da OAB, em 1974? Bolsonaro nasceu em 1955. Na época era apenas cadete da Academia Militar das Agulhas Negras (formou-se em 1977).
Pode uma deputada federal ser tão irresponsável? Isso não é falta de decoro? Em um país sério ela teria renunciado, de vergonha, por ter traído a própria pátria. Aqui, só precisa ficar esperando a próxima narrativa.
A sociedade vai perdendo o senso de proporção. Enquanto discutimos a morte ocorrida há 50 anos atrás, de um militante de uma organização terrorista, com uma grande probabilidade de ter sido por meio de justiçamento, pelos seus próprios parceiros, milhares de pessoas são presas, torturadas e mortas por Nicolás Maduro. E o que dizem esses “indignados”? Nada. E pior, há partido político que publica em seu site oficial manifestação de apoio!
O mundo corporativo não fica imune a essa onda de sentimentalismo tóxico. Certa vez, em seu programa na CBN (quando eu ainda era ouvinte), Carlos Alberto Sardenberg relatou um caso que beira o surrealismo.
Uma empresa resolveu instalar uma academia para seus funcionários, comprou aparelhos, contratou professores, etc. Qualquer um que quisesse usá-la fora do horário de expediente poderia fazê-lo sem custo.
Um funcionário, que costumava frequentá-la, foi demitido da empresa e resolveu entrar na Justiça contra a empresa, pasme, exigindo horas extras pelo tempo que passou na academia!
E como se já não bastasse o absurdo da reclamação, fundamentado nesse mesmo sentimentalismo vitimista de que o patrão é sempre opressor e o empregado o oprimido, o juiz responsável deu ganho de causa ao empregado!Qual a explicação para essa infantilização adulta? Marxismo cultural.
Marx definiu a infraestrutura da sociedade como segue:
Segundo ele, a Economia (formada por capitalistas e o proletariado) sustenta a Cultura (Moral, Políticas, Direitos, Estética, Religião, Família, Ciência, etc.).
Marx defendia que deveria-se gerar microconflitos entre capitalistas e proletariado para que a base desmoronasse, acabando com o capitalismo.
Antônio Gramsci entendeu que essa relação era inversa, como vemos no gráfico a seguir:
Segundo ele, é a Cultura que encontra-se na base dessa estrutura e que deve ser atacada para que a Economia desmorone. É o que chamamos de marxismo cultural.
A Esquerda usa essa estratégia através do feminismo, movimento negro, ataques à família, etc. Uma das ferramentas é o sentimentalismo tóxico, que já começa desde cedo, no banco escolar… Outra bastante sutil e amplamente utilizada é a desconstrução semântica, que já tratei em artigo anterior.
O economista e jornalista francês, Frédéric Bastiat (1801-1850) diz que quando você seleciona uma sociedade e a separa em grupos e dá privilégios para um grupo, através de leis, a animosidade contra esse grupo é despertada. Gramsci soube aplicar bem o conceito.
Quando navego pelas redes sociais tenho a sensação de que alguma virose contaminou a humanidade tornando-nos infantilóides. Perdeu-se o senso do ridículo. Já fui (e não sou o único) até chamado literalmente de feio! Confesso que tive vontade de responder que meu opositor era bobo, fedido e que eu ia chamar a minha mãe! Porém, vai que ele chora…
Essa vitimização de minorias, entre outros problemas faz com que o dinheiro público seja desperdiçado em ações inócuas. Direcionamos o dinheiro de nossos impostos para problemas que, apesar de existirem, não são tão graves, deixando que outras causas que realmente necessitam de atenção fiquem desamparadas.
Se você é pobre, negro, mulher, deficiente, homossexual, etc. certamente vão tentar envolver você nesse discurso vitimista de forma que não terá como criticar os benefícios de políticas públicas criadas para outras minorias. Um exemplo é a panaceia de esportes nas favelas para resolver o problema social.
Ao invés de procurar soluções definitivas, vemos remendos atrás de remendos, sempre fundamentados no sentimentalismo, como a meia entrada e passagem grátis para idosos. Isso também tem um custo e quem paga são as outras pessoas que não fazem parte desse segmento. Não existe almoço de graça.
Quem não se lembra da histeria coletiva de acusações de estupros cometidos há… 20 anos atrás?! E o caso da moça de Taubaté mostra quantas injustiças não devem ter sido cometidas porque as verdadeiras vítimas não filmaram o ocorrido…
Não é nem preciso dizer que é um grande desserviço que se presta às vítimas reais, pois não damos mais atenção a esses tipos de acusações (racismo, abuso sexual, homofobia, bullying, feminicídio, etc.). Quando tudo é crime, nada o é.
E os problemas vão se perpetuando…
Como ironizou Darlrymple, “quem sofre uma espécie de dano é uma vítima, logo é incapaz de fazer o mal”. Grande ilusão.
Enfim, só não afirmo que nosso país está infestado de crianças birrentas, mimadas e que estamos vivendo num jardim da infância porque crianças são inocentes…
O Brasil está como um dependente químico que precisa ser desintoxicado com urgência e antes que o único caminho seja a internação compulsória.
[02] Livro “Podres de Mimados”, Theodore Darlrymple, p. 165, É Mais Editora