No Evangelho de São Lucas, 15, 11-32, encontramos a parábola do filho pródigo. Ela fez parte da homilia da missa do dia 31 de Março deste ano, no calendário litúrgico da Igreja Católica.
Para quem não lembra da famosa parábola, é aquela que conta a história do pai que tinha dois filhos, um deles pede a parte da herança (o que é um insulto), vai embora e quando volta, falido, depois de enfrentar muitas dificuldades na vida, o pai faz-lhe festa. O filho mais velho, que sempre esteve ao lado do pai, reclama, ao que ele responde: “Meu filho, tu estás sempre comigo e tudo que é meu é teu, mas é preciso festejar e alegrar-nos por teu irmão que voltou.”
Nesta homilia, nosso padre(*) dissertou sobre os diversos personagens, observando que na parábola não existia uma mãe, você já havia percebido isso? Mas já volto a tocar nesse assunto…
Transcrevo aqui um resumo do que ele disse:
O pai representa Deus, que nos dá o livre arbítrio e, independente dos pecados que cometemos, está sempre pronto a nos receber com alegria quando voltamos arrependidos para Seus braços misericordiosos.
Podemos ser o filho mais velho quando, em algumas fases de nossas vidas, julgamos nossos irmãos e nos consideramos (mesmo que no subconsciente) mais dignos de estar diante do Pai por tanto tempo de dedicação à Ele, à comunidade, aos outros irmãos, etc.
Também podemos assumir o papel do filho mais novo, quando nos afastamos da Igreja, principalmente na juventude, apesar de não apenas nela. Porém, senão pelo amor, pela dor sempre temos a oportunidade de voltarmos e sermos acolhidos pelo amor do Pai.
O papel exclusivo que Deus deu à mulher, ser mãe, é uma responsabilidade de incomensurável valor. Podemos perceber isso por ter sido o meio que Deus escolheu para que seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, habitasse entre nós: através de uma mulher. Não uma simples mulher, é claro, mas uma concebida sem o pecado original e que todos conhecemos a fé, a intercessão, a dor, o silêncio, etc. Maria deu a luz à Jesus, que por sua vez iluminou nosso caminho ao Céu.
Outro exemplo da importância da maternidade, entre outras tantas histórias tristes que conhecemos, foi a perda da mãe do Kleber que fez com que ele deixasse os estudos de lado (um desperdício de inteligência, acreditem) para cuidar de suas irmãs.
Mães são essenciais no equilíbrio, principalmente o emocional, da família. Se fôssemos fazer uma analogia com um poema, enquanto o homem é a técnica, a mulher é a poesia.
O socialismo/comunismo sempre teve como seus maiores inimigos os valores cristãos. Foram eles que impediram que seus planos genocidas obtivessem sucesso na expansão pelo mundo.
É por esse motivo que a família é tão atacada. É por esse motivo que as feministas dizem defender as mulheres, mas na verdade fazem exatamente o contrário. Elas desrespeitam o sexo feminino de diversas formas. Agridem o corpo feminino com mutilações, mau uso, falta de cuidado, defendem o aborto, contrapondo a dádiva do dom de dar a vida com o de tirar uma vida inocente. É o ataque ao que a mulher tem de mais sagrado: o dom da maternidade.
Infelizmente não são poucos os estragos causados por mães (que vieram a se transformar em feministas) na formação dos filhos. Fundamentadas na máxima do “extermínio do poder opressor patriarcal”, elas manipulam o elo fortíssimo com os filhos diminuindo a autoridade do pai. São incentivadas pelo establishment, infestado de ativistas de Esquerda. Com isso, o desrespeito à figura masculina aumenta enquanto a autoridade do pai sobre os filhos começa a diminuir. E isso é uma bomba relógio.
“Mãe é um ser tão especial que até Deus quis ter uma!”
E não demora muito para que casamentos sejam destruídos (eu já testemunhei isso), a mulher perca o controle da situação (tanto emocional quanto administrativo) e num futuro não muito longínquo ouçamos o famoso: “não sei onde eu errei…”
O pensamento doentio feminista chega ao ponto da agressividade gratuita. Já felicitei mães pelo seu dia, e ouvi como resposta: “é um dia como outro qualquer”. Até a retribuição à cortesia é deixada de lado. Mas não se pode esperar nada diferente de uma adolescente rebelde e mimada num corpo de mulher.
Porém, não, não é um dia como outro qualquer! É um dia para ser festejado, pois é através de uma mulher que todos nós, homens e mulheres, recebemos o dom da vida! É através da maternidade que vemos a luz do mundo. Por meio dela que recebemos o primeiro alimento, o primeiro aconchego, o primeiro contato de calor humano, etc.
Portanto continuarei, sim, dizendo a você mulher, que lê esse texto: Feliz Dia das Mães. E mesmo que não seja uma, é em potencial, é por natureza, mesmo que ela não tenha permitido que tivesse filhos (há sempre a possibilidade da adoção).
Ah, antes que eu me esqueça das palavras do padre:
“Na parábola do filho pródigo, não tinha mãe, porque, se tivesse, o filho mais novo não teria ido embora…”
(*) Padre Paulo Henrique (já fiz outro relato de seus ensinamentos certamente inspirados pelo Espírito Santo como relatei em meu blog pessoal no post “Testemunho“; não deixe de ler!).
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