As etapas lentas da Organização Mundial da Saúde, durante um tempo em que cada segundo conta, foram e ainda são exasperantes para conter o novo coronavírus; e nos faz levantar muitas questões.
O surto do novo coronavírus demorou para ser considerado uma epidemia. E hoje, apesar de já apresentar as características de uma pandemia, a OMS ainda não o declarou assim.
Os primeiros registros oficiais do novo coronavírus foram em dezembro de 2019. O médico chinês que alertou sobre o vírus foi calado, punido e mais tarde, faleceu em consequência do Covid-19.
Apenas em 24 de janeiro, o aviso de viagem para a província de Hubei, na China, foi elevado para o Nível 3 – “recomendação para adiar todas as viagens”. Logo depois, em 31 de janeiro, foi elevado para o Nível 2 – “Recomendação para considerar se deve ou não viajar” para todas as outras províncias.
Enquanto isso, os Estados Unidos de Trump e Pence, elevaram seu aviso de viagem ao nível máximo 4 – “Não viajem” – e posteriormente proibiram a entrada de todos os visitantes da China.
A resposta de muitos países pareceu morna em comparação a dos EUA.
Infelizmente, as ordens de isolamento e o aumento dos níveis de aconselhamento sobre viagens, bem como as medidas de proibição de viagens apenas surgiram depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou “emergência de saúde pública”. E foi essa declaração chegou tarde demais!
Dinheiro chinês e OMS?
Considerando a realidade da situação, por que a declaração da OMS não chegou mais cedo?
Alguns estão apontando o dinheiro chinês, que estava por trás da nomeação do Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus para sua atual posição como diretor geral da OMS.
Dr. Tedros foi ex-ministro das Relações Exteriores da Etiópia (2012-2016) e Ministro da Saúde (2005-2012).
Embora o diretor-geral Tedros tenha visitado a China durante o auge do tumulto em 28 de janeiro, muitos de nós só se lembram de ver seu rosto radiante com um sorriso ao apertar a mão do ditador comunista Xi Jinping.
Contudo, o diretor-geral Tedros não está sozinho. Com seu investimento incomparável em vários países em desenvolvimento, incluindo a Etiópia e outros países africanos, a China está comprando obrigações.
A OMS, as Nações Unidas e a maioria das organizações internacionais foram praticamente sequestradas pela China.
Encobrimento
Ainda não foi descoberto se o vírus escapou de um acidente no laboratório de Wuhan, ou foi resultado de alguma mutação genética, ou se foi disseminado por contaminação alimentar em um mercado próximo do epicentro do vírus.
Não acredito que saberemos da verdade por se tratar da China. No entanto, esse encobrimento e a administração descuidada da China do novo surto de coronavírus parecem ter apenas um fundamento: o temor da queda do Partido Comunista.
Um jovem de Wuhan que postou vídeos on-line, ciente de que seria levado pela polícia, fez as notícias chegarem à comunidade internacional. Segundo ele, ninguém estava usando máscaras em Wuhan até o dia anterior ao bloqueio. As informações sobre a infecção foram encobertas.
Os jovens na China entre 20 e 30 anos não sofrem lavagem cerebral. Nem são estúpidos. Eles não são enganados pelas mentiras de seu governo comunista, mas estão sendo duramente censurados e punidos por revelarem a verdade.
Eles têm queixas contra o governo comunista e querem uma mudança no status quo, mas estão sendo silenciados.
No final de seu vídeo, esse jovem pede às pessoas do mundo que pressionem o governo comunista chinês e não permitam que ele se esquive de suas responsabilidades.
Os tempos mudaram desde o massacre da Praça da Paz Celestial (Tian’anmen) em 1989. Agora, qualquer pessoa pode postar nas mídias sociais e participar da moldagem da opinião pública. Porém, até isso a China está censurando.
O novo coronavírus não é uma boa notícia, mas talvez seja uma oportunidade para aumentar a conscientização sobre a realidade do controle de informações e da invasão global da China comunista, antes que seja tarde demais para impedi-la.