Em uma carta aberta, cientistas chineses estão pedindo mais liberdade de expressão em seu país. A carta segue a morte do médico, Li Wenliang, que já havia alertado sobre o vírus em dezembro, mas foi silenciado pela polícia comunista chinesa.
Wenliang foi obrigado a assinar um “documento de silêncio”, no qual “confessou” culpa por “espalhar boatos” e prometeu abster-se de fazê-lo.
O médico morreu na semana passada após ser infectado no hospital onde trabalhava. Os autores propõem declarar o dia da sua morte, 6 de fevereiro, como o Dia da Liberdade de Expressão.
“Somente a mudança é o melhor memorial para o Dr. Li Wenliang”, disseram os professores Zhang Qianfan e Tsinghua Xu Zhangrun, da Universidade de Pequim.
A carta é endereçada ao Congresso Nacional do Povo e ao Comitê Permanente do Partido Comunista, informou a Radio Free Asia.
Em uma segunda carta aberta, o ex-professor Ai Xiaoming, da universidade Sun Yat-sen, pede para que o governo chinês reconheça o erro em memória ao falecido Dr. Wenliang.
O ex-professor afirma que a “segurança política” foi tratada como uma prioridade maior do que o combate da atual epidemia.
支持北大张千帆教授的倡议。 pic.twitter.com/dgYP1MlZjl
— 王爱忠 (@wangaizhong) February 7, 2020