A infame Agência de Assistência Social Infantil da Noruega, conhecida como ‘Barnevernet’, tomou a custódia permanente de três crianças americanas de sua mãe americana e pai lituano. Natalya Shutakova, cidadã norte-americana, que no ano passado se mudou de Atlanta, na Geórgia, para a Noruega com seu marido, cidadão lituano, Zigintas Aleksandravicius, tiveram seu último encontro com seus filhos no dia 27 de setembro deste ano. Agora, eles poderão visitá-los apenas 3 vezes por ano.
“Nosso coração está despedaçado, não posso conter as lágrimas. Hoje é um dia terrível, outro golpe para a nossa família”, disse Natalya em uma entrevista exclusiva à CBN News.
Em maio deste ano, os três filhos do casal, Brigita, de 11 anos, Nikita, de 9 anos e Elizabeth, de 7 anos – todos cidadãos americanos – foram removidos de sua casa pela ‘Barnevernet’ em menos de um ano após a família se mudar para uma cidade na Noruega, a cerca de 112 Km de Oslo.
“Tivemos nosso último encontro com nossos filhos e, logo em seguida, nosso advogado nos ligou e nos informou de uma decisão contra nós. Mas isso não é surpreendente, já que este tribunal pertence à ‘Barnevernet’. É o tribunal deles. Agora, apelaremos para o ‘Tingrett’, que é um tribunal regular e lá há mais chances de ganhar”, disse Natalya.
Barnevernet
A Noruega é linda, mas há um lado muito sombrio do país que a maioria do mundo não conhece. Chama-se ‘Barnevernet’, e pode ser tão frio e cruel quanto o inverno norueguês.
Barnevernet significa “bem-estar infantil”. É a rede de escritórios locais de serviços de “proteção infantil” da Noruega. Mas para suas vítimas, Barnevernet significa qualquer coisa, menos proteger as crianças.
A ‘Barnevernet’ persegue famílias cristãs, principalmente as estrangeiras que vivem na Noruega correm o risco de ter seus filhos levados pela agência do Estado.
Motivo
As crianças do casal Natalya e Zigintas foram levadas pela ‘Barnevernet’, depois que a filha mais velha, Brigita, chateada com o fato de seus pais terem tomado o seu telefone celular temporariamente como castigo, inventou uma história na escola sobre “abuso” em casa. Desde então, ela explicou que havia mentindo e fez um vídeo para o juiz no caso, afirmando que estava mentindo, mas foi desconsiderada.
Em um vídeo obtido pela CBN News, a menina de 11 anos Brigita, arrependida por ter contado uma mentira, pede ajuda ao presidente Trump para intervir em nome de sua família.
“Agora, eu sinto muito. Quero minha mãe e meu pai de volta. Quero minha família de volta”, diz Brigita no vídeo.
Assista ao vídeo de Brigita:
http://https://www.youtube.com/watch?v=J587IqdmmJE
“Segunda-feira, 16 de setembro, apresentei o vídeo de Brigita no tribunal. No dia seguinte, terça-feira, o telefone dela estava quebrado. Não tenho dúvidas de que isso foi feito intencionalmente, para impedi-la de fazer esses vídeos que ela estava postando em sua conta no Tiktok “, disse a mãe Natalya à CBN News.
Os pais, Natalya e Zigintas, terão que esperar um mês e meio para apelar da decisão.
“Vamos perder o aniversário do nosso filho, que é em duas semanas. Não temos permissão para vê-los”, disse Natalya.
Após a família enviar sua história – contada à CBN News – à embaixada dos EUA em Oslo, houve um novo desenvolvimento no caso dessas crianças americanas que foram tomadas pelo Estado norueguês. A mãe, Natalya Shutakova, disse que o Estado entrou em contato com ela e solicitou uma reunião para tratar do caso.
No mês passado, a polícia norueguesa retirou as acusações criminais contra os pais. Shutakova e seu marido lituano foram presos por 24 horas e correriam o risco de passar 2 anos na prisão, caso a CBN News não tivesse dado atenção ao seu caso.
Outros casos
Em 2016, foi também a ‘Barnevernet’ que tomou 5 filhos dos pais romeno e norueguês, Marius e Ruth Bodnariu. A indignação mundial forçou o governo norueguês a devolver as crianças. A família Bodnariu fugiu da Noruega e entrou com uma ação perante o Tribunal Europeu de Direitos Humanos.
Em outro caso na Noruega, o ‘Strand Lobben’, a Grande Câmara do Tribunal Europeu de Direitos Humanos constatou que a Noruega violava o direito fundamental à vida familiar, através das ações de seus serviços de assistência à infância.
Quando se trata de direitos dos pais, a Noruega tem de longe o maior número de casos de qualquer nação no tribunal da Corte Europeia de Direitos Humanos. A pequena nação de 5 milhões de pessoas tem mais de duas dúzias de casos pendentes no tribunal europeu.
Marius Reikerås, um advogado norueguês de direitos humanos perante o Tribunal Europeu de Direitos Humanos, disse à CBN News: “Há algo gravemente errado na Noruega em que crianças estão sendo tiradas de famílias que estão fazendo um ótimo trabalho como pais. Não estamos falando de abuso infantil e não estamos falando de alcoolismo ou abuso de drogas. Estamos falando, em geral, de famílias normais que têm todas as capacidades para prestar um bom atendimento a seus filhos”.
Einar Salvesen, um psicólogo norueguês que é testemunha especialista em processos judiciais contra a Barnevernet desde 1995, disse que a agência precisa fechar imediatamente.
“Precisam fechar todos os escritórios. São 400 escritórios. Tornou-se um sistema do mal em muitos casos”, disse Salvesen.
Em 2013, a Barnevernet levou o filho de um ano e meio de idade da cidadã americana Amy Jakobsen Bjørnevåg, Tyler, porque ele estava com 1 Kg abaixo do peso. Ela telefonou para a Casa Branca de Obama pedindo ajuda, mas não obteve ajuda. Seis anos depois, seu filho Tyler passou de lar adotivo para lar adotivo e teve seu nome alterado pelo menos duas vezes. E Amy alega que ele foi torturado.
“Temos documentos que dizem que ele estava amarrado à cama porque ficava em pé no berço pedindo a mamãe. Eles ignoram completamente nosso clamor e fazem de tudo para que cortemos todo o contato com nosso filho. Essa é a solução deles, em vez de trabalhar com as famílias”, disse a família Bjørnevåg à CBN News.
O monstro ‘Barnevernet’
O membro tcheco do Parlamento Europeu, Tomáš Zdechovský, lutou contra a Barnevernet, e ele chama a agência de “monstro”.
“Acho que eles cometeram muitos erros e ainda cometem muitos erros. E esse monstro está realmente funcionando sem o controle de alguém”, disse Zdechovský.
“Existem 26 casos no total, nesta fase, e provavelmente aumentará para 30 em alguns meses”, disse Marius Reikerås, um conselheiro e especialista norueguês de direitos humanos no Tribunal Europeu de Direitos Humanos. O especialista acredita que por trás da Barnevernet há muito dinheiro, e ele não tem medo de chamá-la de “tráfico de crianças”.
“Porque vemos que bilhões e bilhões de dólares são investidos neste sistema a cada ano. E, é claro, muitas pessoas estão lucrando muito com esse ‘pote governamental’ que você pode ver. Então, dizer que essa é uma forma de tráfico de crianças? Absolutamente. Minha opinião é que é sim”, disse Reikerås.
Neste ano, a Noruega expulsou um diplomata polonês por tentar defender famílias polonesas na Noruega da Barnevernet.
Até agora, o governo dos EUA não fez nada sobre os ataques do Estado norueguês contra as famílias americanas.
Conheça também outro caso que ocorreu no país vizinho, a Suécia, onde uma família cristã russa teve que se refugiar na Polônia, após o Estado sueco entregar suas filhas aos cuidados de uma família muçulmana libanesa. As reportagens sobre esta família se encontram neste link e neste também.