Lucy Frazer, secretária de Estado britânica para Assuntos Penitenciários e Prisão Preventiva, aprovou oficialmente a libertação de Vanessa Marks, 49 anos, que foi condenada em 2009 por abusar sexualmente de bebês e crianças pequenas na creche onde trabalhava. Marks é considerada a “maior pedófila de todos os tempos” em seu país. Segundo Frazer, análise de psicanalistas da prisão onde Marks estava detida mostraram que ela “não é mais um perigo para a sociedade”.
A comissão de inquérito classificou o comportamento atual de Marks como “positivo, inofensivo e cooperativo”, e aconselhou Frazer a não manter mais a pedófila atrás das grades.
No início de 2017, sua detenção foi prorrogada por tempo indeterminado, porque o mesmo comitê concluiu que, naquele momento, ela ainda era um risco para a sociedade.
Quando libertada, a pedófila deve aderir a uma série de condições estritas. Por exemplo, ela ficará sob a supervisão constante de um oficial de justiça, precisará informar onde está e não terá permissão para ter um telefone celular e não terá acesso à internet.
Em 2009, Vanessa Marks foi condenada a pelo menos 7 anos de prisão – uma detenção prolongada nos últimos anos, devido a sérias dúvidas sobre os resultados da terapia que recebeu.
Segundo a comissão, a mulher agora “está bem”. Ela se arrependeu de suas ações e, de acordo com declarações de conselheiros e companheiros de prisão, tornou-se “outra mulher”.
A liberdade de Marks estava no ar por um tempo. Em julho deste ano, parecia que a comissão aconselharia positivamente o Secretário de Estado.
“Um plano muito ruim”, pensa seu marido, Andrew George (51), que imediatamente deixou sua esposa, quando se tornou conhecido o seu crime. Ele e as duas filhas não têm mais contato com Vanessa.
“Estamos presos para sempre nesse trauma”, disse Andrew após a prisão de Marks.
Crimes
Nos anos antes de ser presa, a pedófila tirou pelo menos 64 fotos das vezes em que abusou de crianças muito pequenas, em uma sala da creche que era usada para trocar fraldas. Ela admitiu ter abusado sexualmente de pelo menos 13 crianças, mas nunca mencionou o nome das vítimas.
Mais tarde, descobriu-se que ela fazia parte de uma rede de pedófilos, na qual uma colega da Marks também estava ativa. Angela Allen, a cúmplice, foi condenada a 5 anos de prisão por estuprar uma menina de 3 anos. O líder da gangue, Colin Blanchard, será libertado em 2020.
Descoberta
O caso veio à tona quando um parceiro comercial de Blanchard descobriu fotos em seu computador. Grande parte dessas fotos foi feita por Marks e Allen.
O ex-marido de Marks tem medo de que a mulher engane a comissão tolamente, posando de maneira diferente do que ela é.
“Ela parece doce, mas um monstro está escondido sob a sua pele. Se ela voltar a cometer esses crimes, a justiça terá vergonha de si mesma. Eu nunca a libertaria novamente. Porque somente então, você descartará qualquer chance de recaída”, disse Andrew.
Enquanto isso, vários pais das vítimas também se voltaram contra a libertação da pedófila.
O Secretário de Estado britânico considera a libertação justificada, não apenas por causa do bom comportamento da Marks, mas também porque a supervisão das creches, onde Marks nunca poderá trabalhar novamente, melhorou consideravelmente na Grã-Bretanha.