A operadora de telecomunicações americana Verizon Communications reivindica ser a primeira rede 5G utilizável do mundo. Porém, possivelmente três provedores coreanos alegam também ter lançado sua própria rede 5G horas antes dos americanos.
A Verizon é um dos maiores grupos de telecomunicações norte-americanos e originou-se de uma aquisição da GTE pela Bell Atlantic em 2000.
Ainda não está claro qual país realmente foi o primeiro. Os sites de tecnologia americanos informaram que a Verizon foi a primeira, devido a um “truque inteligente”: foi divulgado que o lançamento da rede estava planejado para 11 de abril. A mídia coreana relata que seus próprios provedores, quando souberam do início do lançamento, agiram rapidamente para tentar superar os americanos.
Na noite do dia 4 de abril deste ano, as redes 5G foram ao ar, tanto nas cidades americanas de Chicago e Minneapolis, quanto na capital sul-coreana Seul, permitindo uma internet mais rápida em smartphones. A rede 5G está disponível em vários bairros destas três cidades, mas fora deles, a rede 4G ainda é utilizada.
5G no Brasil
Os provedores no Brasil já anunciaram que há planos para a rede 5G, sendo esta, importante para o alcance de uma velocidade e estabilidade maior das conexões atuais. E o ano de 2019 será decisivo para definir como a tecnologia 5G será implementada no Brasil.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tem planos de encaminhar ao seu conselho um edital de licitação das frequências de 5G para uma aprovação. Em seguida o edital será enviado ao Tribunal de Contas da União. Porém, a política nacional para o 5G é responsabilidade do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) e não da Anatel.
Em fevereiro deste ano, O ministro Marcos Pontes e uma delegação brasileira de parlamentares, representantes de governo e empresários foram ao maior encontro mundial da indústria móvel, o MCWC 2019, em Barcelona. Neste evento foi discutido a implementação do 5G no Brasil.
Propostas de empresas como a norte-americana Qualcomm, já estão sendo avaliadas pelo Ministério e pela Anatel, com planos para 2021/2022.
5G e a espionagem chinesa
A desconfiança de que equipamentos de empresas chinesas de telecomunicações sejam empregues pelo governo chinês, para o roubo de informações sigilosas e ataques hackers, deixou a comunidade internacional em alerta. E a preocupação com a segurança nacional e a prática de espionagem por parte destas empresas, levou países como os EUA, a Austrália e a Nova Zelândia a banir a chinesa Huawei dos seus contratos públicos.
A chinesa Huawei é a terceira maior fabricante de equipamentos de telecomunicações, superando a Samsung e a Apple, e a segunda maior fabricante de smartphones do mundo. Também é líder mundial no desenvolvimento do 5G.
O passado militar do CEO da Huawei, Ren Zhengfei e a presença de comitês do Partido Comunista Chinês dentro das empresas chinesas do setor tecnológico, levaram os países a rever suas decisões, principalmente no que se diz respeito ao 5G.
Atualmente, a Huawei é a responsável pelo fornecimento da infraestrutura da internet que alcança o celular no Brasil. Conforme dados da Anatel, 81% das antenas de celular que transmitem sinal 2G, 3G e 4G para todos os aparelhos que utilizam a rede móvel, foram fabricados pela empresa chinesa.
Permitir que uma empresa chinesa de telecomunicações, controlada pela presença de um comitê do Partido Comunista Chinês, forneça tecnologia-chave para redes no Brasil é uma preocupação genuína. E precisa ser reavaliada neste novo tempo, em que o Brasil está em uma luta política e cultural diária contra a ideologia socialista-gramisciana.