O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou em entrevista à CNN Brasil que a relação entre o juiz federal Marcelo Bretas e o presidente Jair Bolsonaro deve ser investigada.
Witzel citou as recentes decisões de Bretas que resultaram na Operação Favorito da Polícia Federal. Na força-tarefa, foram presos o empresário Mário Peixoto e o ex-deputado estadual Paulo Melo. As empresas de Peixoto têm mais de R$ 900 milhões em contratos com o governo do Rio.
Para o governador, o magistrado utilizou os autos do processo para fazer ilações de uma possível relação ‘Witzel x Peixoto’ com argumentos que seriam “extremamente frágeis”.
Witzel nega qualquer ligação com atos de corrupção no estado e diz que vai se apresentar de forma espontânea ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) para prestar esclarecimentos.
“É bom lembrar que o juiz está sendo investigado pelo TRF-2 por atividade político-partidária, pelo que está na imprensa, ligado ao presidente Jair Bolsonaro com intenção de ser ministro do Supremo [Tribunal Federal]”, afirmou Witzel ao defender uma investigação sobre uma possível indicação a uma vaga na Corte.
“Essa história de ser ministro do STF e eventualmente usar a jurisdição para algum tipo de favorecimento, não pode existir no Brasil, vai ferir de morte a imparcialidade do Poder Judiciário. Quando eu era juiz, jamais fiz minha vara de palanque. Saí da Justiça e fui para a política. Juiz que almeja cargo no STF, tem que ser absolutamente transparente nas suas relações”, disse.
Com informações, CNN Brasil.