De acordo com a Supervia, de Janeiro a Junho foram 47 casos de furtos de cabos. Isso representa um prejuízo de R$ 2,7 milhões. Ao longo de todo o ano passado, a perda foi de R$ 6 milhões apenas com a reposição desse item. Os locais identificados como os mais críticos em casos envolvendo o furto de cabos são os bairros Triagem, Madureira, São Cristóvão e Corte Oito, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Nestes casos, os funcionários da concessionária são orientados a chamar o GPFer, o Grupamento de Polícia Ferroviária da Polícia Militar.
Os casos de depredação de escadas rolantes e elevadores aumentaram: foram 20 elevadores e 20 escadas rolantes danificados no primeiro semestre. No mesmo período do ano passado, foram 16 elevadores e 6 escadas rolantes. Também no mesmo período, foram 39 para-brisas atingidos por pedras, 24 pichações ou grafitagens e 107 casos de janelas e visores de porta dos trens arrancados durante as viagens.
Os tiroteios também geram prejuízo. Desde o começo do ano, foram 41 interrupções na circulação nas 102 estações dos cinco ramais. De acordo com um levantamento da concessionária, foram 43 horas e 40 minutos com operação alterada, 270% a mais do que no mesmo período do ano passado, quando foram registradas 10 paradas por causa de confrontos. A maioria das interrupções por causa de tiroteios ocorreu nas proximidades da Estação Manguinhos, do Ramal Saracuruna. Foram 18 alterações.
Segundo cálculos da Supervia, 174 mil passageiros foram impactados apenas pela violência causada por tiroteios, gerando uma perda de R$ 200 mil. O prejuízo também leva em consideração os passageiros que deixaram de usar o sistema e reembolsos.
O principal prejuízo apontado pela Fetranspor – o sindicato que representa os empresários do transporte rodoviário urbano do Rio – é a queima de ônibus. Foram nove no primeiro semestre. Cada veículo perdido equivale a um custo médio de R$ 450 mil. No total, a Fetranspor calcula um prejuízo de R$ 4,05 milhões, apenas em 2019.
Cada veículo que é retirado das ruas por qualquer forma de dano leva, pelo menos, seis meses para ser colocado novamente em circulação. Isto nos casos em que um novo ônibus realmente volta a rodar.