Imagem: Divulgação | Twitter
O acesso à Internet não é sobre conforto, é um direito humano básico, de acordo com a ONU. Um direito constantemente violado. A ONG Access Now, que defende o acesso aberto à Internet, estima que em 2016 mais de 50 cortes deliberados ocorreram em todo o mundo. Este número duplicou em comparação com 2015.
O cartão de liberdade na Internet é representado pela Freedom House.
No continente asiático, à China, “a grande muralha da Internet”, que possui o mais complexo sistema de censura.
Segundo a ONG Freedom House, é o pior país em termos de direitos na Internet. À vista dessa organização: legislação recente que pune sete anos de prisão a circulação de rumores nas redes sociais.
Na Coréia do Norte, esse recurso tão desejada é uma realidade. O Comitê para a Proteção dos Jornalistas lembra que, neste país, apenas um punhado de poderosos pode se conectar à rede global.
Métodos antigos e novas ferramentas
Na América Latina, Cuba ganha o prêmio de censura na Internet. Esse não é um desafio real, já que o acesso já é muito limitado, devido à implantação da rede indigente. Twitter funciona mal ou não em todos os momentos. Apenas 25% dos cubanos usam esse serviço.
Na Bolívia, casos de censura na Internet são raros. No entanto, o país votou contra a resolução da ONU permitindo que o acesso à web se torne um direito fundamental.
Na Venezuela, por outro lado, os usuários da Internet enfrentam três grandes dificuldades: a conexão lenta, a censura da mídia internacional on-line, em nome da “estabilidade da pátria” e a falta de pluralidade . Muitos meios de comunicação estão sob controle do estado. Além disso, alguns observadores suspeitam que o governo venezuelano foi responsável pelo colapso da rede durante as eleições parlamentares de dezembro de 2015 . Neste país, 40% dos habitantes não têm acesso à Internet.
Redes sociais a serviço da censura
Enquanto em vários países essas redes são alvo da legislação liberticida, elas também podem ser cúmplices. De acordo com Repórteres Sem Fronteiras, o Facebook está fazendo parcerias com alguns países – como a Síria e a Turquia – para suprimir o conteúdo jornalístico.
O Twitter, por sua vez, usa sua ferramenta de gerenciamento de conteúdo [para proibir] o acesso a uma conta ou a um tweet.
Fiamma Zarife, diretora geral do Twitter no Brasil, já foi VP da Samsung e trabalha no Twitter há alguns anos. No início de 2017, o microblog a nomeou como diretora geral, cargo que ocupa até o momento.
Em sua conta no Twitter, Fiamma já demonstrou seu viés de esquerda ao apoiar abertamente uma ditadura que viola direitos humanos e que levou seu país a um profundo desastre econômico, social e político: a Venezuela.
“Linda msg de Maduro para Lula:
‘O caminho foi longo e não puderam com você. Desse ataque miserável, sairás mais forte. A Venezuela te abraça!’, publicou a diretora geral do Twitter em 04 de março de 2016.
Curiosamente, após a titulação de Fiamma Zarife neste cargo tão alto do Twitter Brasil, diversas contas com viés conservador foram derrubadas.
Entre os perfis mais prejudicados estão Gabriel Pinheiro, Joaquin Teixeira, Allan dos Santos, Terça Livre, Conexão Política, Reaçonaria, Politz, Renova Mídia, Bernardo P. Kuster e MBL.
A plataforma tem enviado notificações a perfis informando sobre “comportamento incomum que viola as Regras do Twitter”.
O conceito é que as publicações opostas ao viés da rede passem a ser derrubadas por “entidades autorizadas”.
A resolução provocou inúmeras manifestações na própria da rede social, onde o tema “#DireitaAmordacada” liderou os assuntos mais comentados no Brasil.
Antes tida como protetora da liberdade de expressão na internet, o Twitter visivelmente apronta ter se rendido aos desejos de grandes corporações perante o ‘politicamente correto’ para garantir seu crescimento e domínio internacional.