A administração do presidente americano Donald Trump determinou nesta segunda-feira (2) que a China retire dos Estados Unidos 60 funcionários de quatro veículos estatais de mídia chinesa presentes no país. A medida é uma resposta à expulsão de 3 jornalistas do jornal americano The Wall Street Journal pelo regime comunista no mês passado.
Os veículos afetados são Xinhua News Agency, China Radio International, China Global Television e China Daily. Com a redução imposta pelos americanos, o regime comunista chinês deixa de ter 160 profissionais para ter 100.
Segundo o Departamento de Estado, a resposta vem após muito tempo de restrições do governo chinês a jornalistas estrangeiros no país.
“Nosso objetivo é a reciprocidade. Como fizemos em outras áreas do relacionamento EUA-China, buscamos estabelecer condições equitativas há muito esperadas. É nossa esperança que essa ação incentive Pequim a adotar uma abordagem mais justa e recíproca com a imprensa dos EUA e de outros países na China ”
Mídias estatais chinesas
No fim do mês passado o governo americano designou cinco grandes grupos de comunicação estatais chineses como “missões estrangeiras”, uma vez que não há independência editorial em nenhum dos veículos, que têm como único objetivo atender aos interesses do Partido Comunista Chinês. Considerando os veículos como missões diplomáticas, os EUA podem agora determinar a redução do pessoal presente no país. A designação também obrigaria a China a declarar informações sobre pessoal e patrimônio dos veículos em solo americano. A decisão atinge a Xinhua News Agency, China Radio International, China Global Television Network e distribuidores dos jornais China Daily e People’s Daily.