A cidade de Bragança Paulista, no interior de São Paulo, tem um histórico marcante de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), demonstrado nas duas últimas eleições presidenciais, onde o direitista venceu com margens significativas, alcançando aproximadamente 79% dos votos em 2018, contra Fernando Haddad, e 66% em 2022, contra Luiz Inácio Lula da Silva.
Considerada um reduto direitista, Bragança Paulista tem consolidado um crescimento do conservadorismo ao longo dos anos, refletido não apenas nas urnas, mas também nas bases políticas e sociais do município, incluindo o perfil da classe empresarial, que demonstra preferência por esse espectro político.
Apesar do histórico pró-Bolsonaro, que evidencia a força ‘verde e amarela’ na região, nunca houve um candidato à prefeitura alinhado ao chamado ‘bolsonarismo’. No entanto, este ano pode marcar uma mudança nesse cenário, com a possibilidade de surgir uma chapa totalmente bolsonarista.
O nome mais cotado para encabeçar essa chapa é o do coronel Américo Massaki Higuti, um antigo aliado do ex-presidente Bolsonaro e atual presidente do PL no município. Higuti é visto como um forte candidato a disputar a Prefeitura.
Para o cargo de vice, há rumores de que Ismael Brasilino (PSD) seja o escolhido. Atualmente vereador, Brasilino ganhou destaque durante a pandemia por sua oposição ao fechamento da economia em meio à crise sanitária, além ser contra à obrigatoriedade vacinal. A defesa dessas pautas o tornou popular e lhe angariou mais apoio político, especialmente nas redes sociais.
Brasilino também é considerado um ‘bolsonarista raiz’, atuando em movimentos de base e apoiando Bolsonaro desde antes de sua eleição como presidente. Seu pertencimento ao nicho religioso evangélico e sua influência nas igrejas locais podem contribuir para fortalecer a chapa.
Especula-se que o PL avance nas articulações políticas em Bragança Paulista ainda este mês, com a possível participação de figuras como Eduardo Bolsonaro, Luiz Philippe de Órleans e Bragança, Tarcísio de Freitas e o próprio Jair Bolsonaro.