A reportagem do Jornal O Dia denuncia que Veículos de transporte alternativo não autorizados foram flagrados circulando livremente na região da Barra, Itanhangá e Jacarepaguá.
As vans descaracterizadas fazem o trajeto do Rio das Pedras, reduto de milicianos, para a Barra da Tijuca ou até para a Gávea sem
serem incomodados por fiscais da Secretaria Municipal da Ordem Pública (Seop).
Um taxista, que não quis ter sua identidade revelada, disse que “a população não sabe qual van é ilegal e qual não é. Mesmo as descaracterizadas aceitam RioCard”.
O fato foi comprovado por uma equipe do jornal, que embarcou em um dos veículos que, mesmo ilegal, aceitava o pagamento das passagens em cartão RioCard.
De acordo com a Prefeitura, a Coordenadoria Especial de Transporte Complementar (CETC), ligada à Secretaria de Ordem Pública, tem atuado frequentemente: “Só no período de Janeiro a Julho deste ano, foram removidas 440 vans e kombis piratas”, diz trecho de nota.
O delegado Claudio Ferraz, ex-titular Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO-IE) e ex-coordenador da Coordenadoria Especial de Transporte Complementar destacou: “O transporte clandestino dali sempre impulsionou o crescimento da milícia, porque é esse grupo criminoso que explora o transporte alternativo dali”.
Segundo o delegado, desde que o sistema de transporte complementar foi licitado, as vans foram proibidas na região da favela do Rio das Pedras. Porém, com o passar dos anos, a falta de fiscalização fez o número de vans clandestinas aumentar.