Mario Balaban, correspondente internacional do Terça Livre, foi entrevistado no evento Conservative Political Action Conference, 2019 (CPAC 2019), entre os American Thought Leaders (Líderes Americanos do Pensamento), da revista The Epoch Times.
O evento foi realizado entre 27 de fevereiro e 2 de março deste ano, no estado de Maryland, próximo à capital dos EUA.
CPAC é o maior e mais importante evento conservador do planeta.
Mario foi indagado de início sobre o que é o Terça Livre e respondeu que o projeto foi iniciado quando o movimento conservador começou a ganhar corpo no Brasil, por volta de 2014 e que não havia nenhuma mídia conservadora até aquele momento.
Questionado sobre a relevância que o Terça Livre alcançou no Brasil, ao ponto de influenciar em uma eleição presidencial, ele explicou que desde a década de 90 o Brasil mergulhou no socialismo com a eleição de Fernando Henrique Cardoso, um social democrata muito próximo a George Soros, sucedido por Lula da Silva que foi preso por corrupção e por Dilma Rousseff, ambos do Partido dos Trabalhadores.
Segundo ele, o Brasil atravessou de duas a três décadas de socialismo que obviamente foi um desastre, tanto econômica quanto moralmente, ao ponto que as pessoas cansaram-se e revoltaram-se pela catástrofe de ter suas carteiras vazias e seus valores denegridos.
As ruas tornaram-se inseguras com crime e drogas, e o capital do país foi usado para financiar ditaduras comunistas pela América Latina.
O entrevistador perguntou-lhe por que este movimento conservador no Brasil demorou tanto para surgir. Mario explicou que a esquerda pautou toda a mídia impressa, televisiva e movimentos de rua. Que o protesto do “passe livre” de 2013 em São Paulo, apesar de ser uma pauta de esquerda, despertou uma parcela adormecida da sociedade que se dispôs a lutar por causas pessoais, entre elas, contra a corrupção, violência e demais. Que milhões e milhões de brasileiros encheram as ruas com causas não ideológicas. E este clamor surtiu efeito na esquerda quando Dilma começou a ser vaiada nos estádios.
Segundo Balaban respondeu, este movimento só pôde surgir graças à contribuição de Olavo de Carvalho, um intelectual brasileiro que vive nos Estados Unidos, e que falou sobre os perigos do comunismo por mais de vinte anos.
Após duas décadas as pessoas começaram a dar ouvidos ao perigo do comunismo e suas atividades criminosas pelo mundo e no Brasil, como a guerrilha e o terrorismo, com destaque para décadas de 60 e 70.
Este foi o momento da quebra da hegemonia da esquerda em todos os lugares.
Questionado sobre como surgiu o Terça Livre, Mário respondeu que Allan dos Santos é o fundador e também aluno do professor Olavo de Carvalho, que por sua vez forneceu conhecimento sobre o movimento comunista internacional, seus líderes e organizações, e como isto influenciou o Brasil.
Allan resolveu tomar a iniciativa no âmbito cultural, seguindo ensinamentos do próprio professor Olavo, segundo os quais não é só na política eleitoral que se muda um país.
Allan dos Santos está nesta luta há aproximadamente quatro anos e o único campo que sobrou aos conservadores foi das mídias sociais, e o sucesso da inciativa se justifica pela corrupção de todos os demais veículos de mídia, informou.
Indagado sobre o crescimento do Terça Livre, Mario respondeu que a iniciativa acumula milhões de seguidores nas redes sociais, recomendada pelo próprio presidente, Jair Bolsonaro.
Mario ressalta que Bolsonaro venceu basicamente por causa das mídias sociais e que isto pode ser constatado pela comparação dos gastos de campanha entre o presidente e o derrotado concorrente, Haddad.
Além de explicar todo o processo brasileiro, Mario estabeleceu um paralelo entre as narrativas oferecidas pela esquerda latina e a americana, com ícones como Bernie Sanders que no final das contas apresentam uma retórica absolutamente idêntica aos demais; destacou também que quando contrariados, chamam os adversários de homofóbicos, racistas, etc.
Finalizando a entrevista, Mario deixou claro: se Bolsonaro não tivesse vencido as eleições, o Brasil estaria numa situação muito parecida com a Venezuela.
Com informações, Ricardo Roveran