As unidades hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS) receberam os medicamentos do chamado ‘kit intubação’ com rótulos, embalagens e bulas em mandarim, considerado o idioma oficial da região de Beijing e, teoricamente, falado em toda a China.
A partir de agora, diversas entidades de saúde se articulam para traduzir e orientar o uso desses remédios no Brasil.
Na terça-feira (20), cinco organizações encaminharam ao Ministério da Saúde um ofício solicitando que os rótulos sejam traduzidos para o português.
O documento também foi encaminhado ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e ao Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede), Hélio Penna Guimarães, se os itens continuarem sem tradução, corre o risco de serem usados de maneira errada.
“Sem a titulação adequada não podemos ter a segurança do uso efetivo de tais medicações. Porque cada um deles tem um papel no procedimento, indo desde a retirada da consciência, passando pelo controle da dor até o bloqueio de movimentos para melhor adequação à ventilação mecânica artificial”, afirmou.