Nesta quarta-feira (31), Sérgio Cabral (PMDB) se tornou réu pela 21ª na Operação Lava Jato. A Justiça Federal do Rio de Janeiro aceitou mais uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-governador do Rio, que responderá, ao lado de outras seis pessoas, por crimes de lavagem de dinheiro. O líder da ORCRIM acumula condenações em quatro processos, que somam mais de 87 anos de prisão.
Estes são os outros seis denunciados pelo MPF:
- Ary Ferreira da Costa Filho;
- Sérgio de Castro de Oliveira;
- Sonia Ferreira Batista;
- Gladys Silva Falci de Castro Oliveira;
- Jaime Luiz Martins;
- João do Carmo Monteiro Martins.
Nesta denúncia, os procuradores da Lava Jato atribuem aos acusados mais de 200 atos de lavagem de dinheiro, para dar aparência lícita a 10,2 milhões de reais desviados de contratos do governo fluminense durante a gestão de Cabral, entre 2007 e 2014.
“Na sistemática estabelecida, que se estendeu de 2007 a 2014, Ary Filho realizava a entrega periódica para os representantes do grupo Dirija de dinheiro em espécie e notas fiscais emitidas pelas empresas Gralc Consultoria (LRG Agropecuária), de Carlos Miranda, SFB Apoio administrativo, de Sonia Ferreira Batista, e Falci Castro Advogados e Consultoria, de Sérgio de Castro Oliveira e Gladys Silva Falci de Castro Oliveira, e, em seguida solicitava que João do Carmo e seu filho Jaime Luiz fizessem a transferência bancária dos recursos para as referidas empresas como se estivessem fazendo pagamento por prestação de serviços, que na realidade não existiam”, escreveu a juíza Carolina Vieira na decisão que abriu o processo.
De acordo com a denúncia, a empresa de Carlos Miranda, Gralc Consultoria, recebeu 6,8 milhões de reais do esquema, divididos em 165 transferências bancárias pelo grupo Dirija; o escritório de Sérgio de Castro recebeu 1 milhão de reais por meio de 39 transferências; e a firma de Sônia Ferreira recebeu 157 reais, em oito transferências.