O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal.
O documento contendo a assinatura de Cabral foi enviado para homologação ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal.
Os detalhes ainda são mantidos em sigilo. Sabe-se, porém, que ele se comprometeu a devolver R$ 380 milhões da propina recebida nos últimos anos.
A delação premiada só terá validade caso seja homologada pelo Supremo.
Em manifestação enviada ao STF, o procurador-geral da República, Augusto Aras, se posicionou contrário à delação de Cabral.
Aras argumenta que Cabral pode ser considerado líder de organização criminosa montada no governo do Rio e que está fora dos requisitos legais para usufruir das benesses de um acordo com a PF.
O PGR também lembrou que o ex-governador ocultou informações e protegeu pessoas durante uma primeira tentativa de negociação de acordo.