O senador americano Rand Paul, do estado de Kentucky, disse domingo (22) que havia testado positivo para a doença causada pelo coronavírus chinês. Ele disse em um tweet que estava se sentindo bem e estava em quarentena.
Paul, um cirurgião ocular, disse que não teve sintomas e foi testado positivo devido às suas viagens extensas e eventos. Ele disse que não tinha conhecimento de nenhum contato direto com pessoas infectadas, segundo a AP.
Paul é um dos oito republicanos do Senado que votaram contra uma lei aprovada na Câmara na semana passada, que forneceu mais de US $ 100 bilhões para impulsionar os testes para o coronavírus chinês e garantir licença médica paga para milhões de trabalhadores. Ele também foi o único senador republicano que se opôs a um projeto anterior que autorizava US $ 8,3 bilhões em resposta inicial ao vírus chinês.
O senador esteve no Capitólio na semana passada, inclusive em um almoço na sexta-feira (20) entre os senadores do Partido Republicano. Ele falou no plenário do Senado na tarde de quarta-feira, abordando o assunto sobre o coronavírus chinês e uma emenda que ele patrocinou que pagaria pelos esforços de alívio, retirando as forças americanas do Afeganistão.
O senador da Dakota do Sul, John Thune (republicano), disse no plenário do Senado que os parlamentares consultarão o médico assistente para saber quais os senadores que estiveram em contato com Paul.
O senador Mitt Romney, do estado americano de Utah, disse que estava orando por Paul e observou que a saúde de Paul está comprometida. Paul, 57 anos, quebrou várias costelas em 2017, quando um vizinho o agrediu por causa de uma longa disputa paisagística. Paul, que mais tarde recebeu US $ 580.000 em danos e despesas médicas, passou por uma cirurgia no ano passado para remover parte de um pulmão danificado pelo ataque.
Dois membros da Câmara, os representantes Mario Diaz Balart (republicano da Flórida), e Ben McAdams (democrada de Utah), também testaram positivo para o vírus chinês.
O Senado estava em sessão no domingo (22), buscando uma resposta bipartidária à pandemia. Se aprovado, o projeto seria a terceira medida que o Congresso aprovaria em resposta ao coronavírus chinês este mês.
Idosos e profissionais de saúde
A Casa Branca enfatizou cada vez mais que os testes devem priorizar os idosos e os profissionais de saúde que apresentam sintomas do vírus. Embora a maioria dos casos de COVID-19 seja leve e dezenas de milhares de pessoas tenham se recuperado, pessoas mais velhas e pessoas com problemas de saúde subjacentes correm um risco maior de problemas mais graves, como pneumonia.
“Não queremos que todos saiam e façam um teste porque não há razão para isso”, disse o presidente americano Donald Trump a repórteres em uma entrevista na sexta-feira (20).
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA está instruindo as pessoas no país a fazerem testes se tiverem certos sintomas da doença semelhante à gripe – febre, tosse e dificuldade para respirar – e se viajaram recentemente para uma área de surto ou estiveram em contato com alguém que está infectado.
A grande maioria das pessoas se recupera do vírus chinês. Segundo a Organização Mundial da Saúde, pessoas com doenças leves se recuperam em cerca de 2 semanas, enquanto aquelas com doenças mais graves podem levar de 3 a 6 semanas para se recuperar.