Na noite desta segunda-feira (1º), o Senado Federal aprovou em primeiro turno o texto-base da reforma da Previdência.
A PEC foi aprovada por 56 votos a 19.
Entretanto, os senadores incluíram um destaque que reduz em R$ 76,4 bilhões a economia em dez anos com a reforma.
Com a aprovação desse trecho na proposta, a economia prevista com a reforma passa de R$ 876 bilhões para R$ 800 bilhões.
Esse destaque retirou do texto um artigo aprovado pela Câmara sobre abono salarial.
Assim, permanecerá a lei vigente.
Atualmente, o abono é pago uma vez ao ano para quem recebe até dois salários mínimos (R$ 1.996,00).
Segundo o texto aprovado pelos deputados, o pagamento do abono salarial ficaria restrito aos trabalhadores de baixa renda, que ganham até R$ 1.364,43.
O secretário de Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, lamentou a mudança na PEC.
“O governo hoje tem um déficit de mais de R$ 9 bilhões no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). São recursos que são retirados do Orçamento da União e, certamente, desfalcam a saúde, a educação, a infraestrutura, ações sociais. E isso vai continuar. Agora, é uma decisão soberana do Senado e nos cabe respeitar”, declarou.