A Rússia abriu uma investigação criminal para descobrir como as águas em sua costa da península russa de Kamchatka, no Extremo Oriente Russo, foram poluídas e milhares de lulas e outras criaturas marinhas apareceram mortas nas praias.
O chefe do Ministério dos Recursos Naturais da Rússia, Dmitry Kobylkin, disse que a situação ecológica da região está a ser analisada. De acordo com o ministério, já foram coletadas amostras de água, ar e areia. Uma verificação de pré-investigação está sendo realizada pelo Comitê de Investigação da Região de Kamchatka.
Acredita-se que a poluição pode ter ocorrido semanas atrás ao largo da costa da península russa.
Surfistas da região adoeceram por causa da poluição nas águas.
“Começamos a ver que algo estava errado com a água porque depois de uma surfada normal você se sente bem, mas desta vez parecia que tínhamos os olhos queimados, não podíamos nem ver direito”, disse o surfista local, Rasul Gadzhiev, à BBC.
Ainda não há um relatório definitivo que esclareça o que causou a poluição ou quais substâncias foram encontradas nas águas e nos animais mortos. No entanto, estudos iniciais mostraram concentrações aumentadas de derivados de petróleo e do composto orgânico fenol.
Kamchatka é uma das regiões mais remotas da Rússia, famosa por sua natureza intocada e vulcões ativos.
A península de Kamchatka participa na vida econômica da Rússia graças aos seus recursos florestais e agrícolas, ao desenvolvimento das suas cidades litorais e às suas atividades na pesca.
Durante a Guerra Fria, a península foi utilizada como alvo pelos soviéticos para testes de alcance e precisão de mísseis.