O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado e a Polícia Civil realizam, nesta segunda-feira (25), operação para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços de sete pessoas físicas e três pessoas jurídicas investigadas por compor organização criminosa voltada para a prática de crimes licitatórios e lavagem de capitais, possivelmente envolvendo funcionários públicos da Fundação Municipal de Educação de Niterói (FMEN) e representantes de empresas que firmaram contratos durante a situação de emergência em saúde decorrente da pandemia de Covid-19.
Os contratos são referentes, principalmente, para aquisição de álcool gel e sabonete líquido, ao custo total de aproximadamente 300 mil reais. As diligências contam com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).
A investigação foi instaurada pelo Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR/PCERJ), a partir da deflagração da operação “Mãos Limpas”, realizada pela Secretaria da Receita Estadual nos dias 18 e 27 de março.
A partir da análise de documentos, há indícios de que a empresa investigada não realizou qualquer aquisição de produtos para fins de revenda ou de insumos para produzi-los, embora uma das notas fiscais analisadas diz respeito à venda de 10 mil unidades de álcool gel e de sabonete líquido para a Fundação Pública Municipal de Educação de Niterói (FMEN).
Diligência realizada no almoxarifado da Fundação averiguou que ali não havia registro de entrada de nenhuma das referidas mercadorias.
A investigação deve prosseguir visando identificar, ainda, outras contratações irregulares entre o Poder Público Municipal e as pessoas físicas e jurídicas apontadas no inquérito, que giram em torno de um milhão e seiscentos mil reais.
Com informações, jornal O Dia.