Identificado no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht como “gordinho”, o procurador Renan Miguel Saad foi citado pela primeira vez na Lava Jato no final de março de 2017, quando foi deflagrada Operação Quinto do Ouro , que mandou prender cinco dos sete conselheiros do Tribubal de Contas do Estado (TCE-RJ), acusados de terem recebido 1% de propina sobre o valor dos contratos de obras para não incomodar as empreiteiras.
O procurador, preso nesta segunda-feira, foi delatado pelo ex-diretor de contratos da Odebrecht Marcos Vidigal do Amaral, que o acusou de ter recebido R$ 300 mil para dar parecer em dezembro de 2009/2010 sobre a Linha 4.
Na época, Saad afirmou que iria processar o delator e solicitou à Corregedoria a abertura de procedimento administrativo, alegando que seus atos obedeceram a “padrões éticos e regimentais”.
Como procurador do Estado, Saad atuou em defesa do ex-governador Luiz Fernando Pezão , também preso pela Lava-Jato, em 2018, no pedido do ex-governador para que fosse realizada uma licitação de R$ 2,5 milhões para que Pezão se locomovesse em um jatinho particular para “evitar episódios de hostilidade” dirigidos a ele, além de “assegurar a sua integridade física”.
O TCE-RJ rejeitou o pedido por três vezes e considerou que os casos citados pelo Estado constituem situações de “desconforto”, e que não justificam o aval para a licitação.
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