A Secretaria de Estado de Polícia Civil e Ministério Público do Rio (MPRJ), por meio da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), realizam, na manhã desta quinta-feira, uma operação para cumprir 74 mandados de prisão e 93 de busca e apreensão contra a milícia que atua em Itaboraí , na Região Metropolitana do Rio. Denominada Operação Salvator, a ação tinha resultado na prisão de 44 pessoas até as 9h30m.
A ação conta com cerca de 300 policiais civis e 40 PMs, e tem o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público e da Corregedoria da Polícia Militar.
Curicica era apontado como fornecedor de armamento e ‘soldados’ para a milícia de Itaboraí, que é liderada por Renato Nascimento dos Santos, conhecido como Renatinho Problema ou Natan, que dava parte dos valores arrecadados na região a Curicica em troca de armas.
Renatinho Problema, considerado um dos braços-direito de Curicica, está preso desde dezembro de 2019 e é acusado de participação na ação que resultou na morte de Marielle e Anderson. Orlando, apesar de também já estar preso, também é alvo de ação desta quinta.
Segundo as investigações, essa organização criminosa é responsável por inúmeros casos de homicídios, torturas, extorsões, desaparecimento de pessoas e cemitérios clandestinos. Entre os presos de hoje, está a ex-mulher do ex-PM Alexandre Louback, conhecido como Playboy. Louback, que também era alvo da operação, pulou do quarto andar do prédio onde estava, no Centro de Itaboraí. Mesmo com a queda, ele escapou do cerco e está foragido.
O delegado responsável pela operação, Gabriel Poiava, em entrevista o programa “Bom Dia Rio’, da TV Globo, destacou a grande quantidade de mulheres que atuavam como cobradoras de taxas impostas pelo grupo criminoso que é alvo da operação.
“Um outra coisa que prevalece nessa organização criminosa é o forte requinte de crueldade. Algumas vítimas foram torturadas e outras foram mutiladas”, afirmou Gabriel.