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“Pode ser Anitta ou quem for, eu quero transparência”, diz deputado de esquerda sobre direito autoral no Brasil

A discussão viralizou nas redes sociais.

Nesta quarta-feira, 6 de maio, o deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE) concedeu uma entrevista à Rádio Jornal, uma das principais da capital pernambucana.

A declaração ocorre um dia após o deputado ser um dos assuntos mais comentados do Twitter. O motivo? Ele foi conversar com a cantora Anitta sobre a MP 948/20, mas o papo terminou com discussão de ambas as partes.

Em entrevista, Carreras afirmou que quer investigar o modo de como o direito autoral de artistas da música é cobrado no Brasil através do Ecad que, segundo o parlamentar, é “uma entidade arrogante e que se acha a dona da verdade”.

“Quando alguém provoca eles [integrantes do Ecad], eles colocam um monte de artistas para defendê-los, como uma Anitta com 50 milhões de seguidores [no Instagram]. Se juntam porque são os grandes garotos-propaganda e grandes arrecadadores. O Ecad coloca eles como escudo e o parlamentar se acovarda de medo. É uma grande cortina de fumaça. Pode ser Anitta, quem for, eu quero transparência”, disse Carreras, fazendo menção ao debate que teve com a cantora.

A live ocorreu ontem, e o foco da discussão era a Medida Provisória 948/20.

A proposta ainda não foi votada, mas já está causando uma grande polêmica entre os artistas por alterar a arrecadação dos direitos autorais devido ao surto do novo coronavírus no Brasil.

Um principais prontos da proposta é a vedação de “cobrança dos direitos autorais de pessoa física e jurídica que não seja o intérprete em eventos públicos ou privados”.

Assim, os produtores ficariam isentos da responsabilidade de arcar com essa questão.

Carreras disse ainda que quer apurar a maneira como o Ecad distribui a arrecadação com direito autoral no País.

“Vou propor uma CPI na Câmara dos Deputados para quebrar o sigilo e ir a fundo para saber como funciona essa questão do direito autoral no Brasil.”

Veja um trecho da discussão: