Na última terça-feira (11), a Polícia Federal (PF) concluiu que apenas uma pessoa esteve envolvida no ataque ao então candidato à Presidência da República, Jair Messias Bolsonaro, em 2018. Adélio Bispo, segundo as investigações, agiu sozinho.
Adélio permanece condenado e detido. O relatório final, apresentado em resposta às novas solicitações do Ministério Público Federal, agora aguarda a decisão judicial. A PF informou que foram realizadas buscas e apreensões para uma nova análise de dispositivos eletrônicos e documentos. A diligência também incluiu o advogado de defesa de Adélio Bispo, embora não estivesse relacionada à tentativa de assassinato do ex-presidente.
Na mesma manhã, o advogado de Adélio Bispo foi alvo de uma operação da Polícia Federal em Minas Gerais. Os investigadores também conseguiram bloquear valores financeiros relacionados a ele.
De acordo com a PF, o advogado possui vínculos com o crime organizado, especificamente com o PCC, mas não está relacionado ao caso da tentativa de assassinato do ex-presidente Jair Bolsonaro em Juiz de Fora, durante a campanha eleitoral de 2018. Por isso, a PF solicitou o arquivamento dessa parte do inquérito.
O advogado foi alvo da Operação Cafua, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco/MG). A ação investiga crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa praticados por um grupo em Minas Gerais.
Durante a Operação Cafua, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, além de ordens judiciais que determinaram o fechamento e a suspensão das atividades de 24 estabelecimentos comerciais, e a indisponibilidade de bens de 31 pessoas físicas e jurídicas, totalizando R$ 260 milhões.