A Polícia Federal (PF) deu início nesta última segunda-feira (2) ao treinamento de homens que poderão ser convocados a trabalhar na proteção dos candidatos à Presidência da República este ano. As atividades acontecem na Academia Nacional de Polícia (ANP), em Brasília (DF), e obedecem a uma Normativa da corporação editada depois da campanha eleitoral de 2018.
Antes do último pleito presidencial, há quatro anos, a PF seguia apenas uma portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) que tratava genericamente do assunto. A partir de agora, o processo se tornou mais complexo. O pedido de proteção deverá partir do próprio político, após homologação de sua candidatura em convenção partidária.
Quando o postulante tiver compromissos oficiais, ele deverá entregar todas as informações da agenda com antecedência de, pelo menos, 48 horas, a fim de que os agentes avaliem os riscos. Também caberá ao candidato elaborar um relato de eventuais situações críticas relacionadas à campanha, como recebimento de ameaças, por exemplo.
A partir disso, os policiais federais avaliarão o grau de perigo e a exposição do presidenciável e montarão estratégias de segurança para cada situação. Aquele candidato que se expuser espontaneamente aos riscos, deverá assumir as responsabilidades, como consta no Termo de Compromisso. A coordenação da equipe de proteção ficará a cargo de um delegado federal.