A Polícia Federal (PF) está, na manhã desta terça-feira (30), na sede do governo do Amazonas, no bairro Compensa, zona oeste de Manaus, e na casa do governador Wilson Lima (PSC), no Conjunto Vila Rica.
Os agentes cumprem 20 mandados de busca e apreensão e 8 de prisão temporária de investigados por fraude e superfaturamento nas ações de combate à pandemia no Amazonas.
Os alvos são funcionários do governo e empresários ligados ao setor de saúde. No inquérito constam provas e indícios de desvios dos recursos públicos enviados pelo governo Bolsonaro que deveriam ser destinados ao sistema hospitalar estadual.
Os mandados foram expedidos pelo ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e o cumprimento das ordens conta com a cooperação do Ministério Público Federal (MPF), da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal (RFB). O ministro determina ainda o bloqueio de bens no valor R$ 2,976 milhões, de 13 pessoas físicas e jurídicas.
Na medida de suas responsabilidades, os indiciados podem responder pelos crimes de fraude à licitação, peculato, pertencimento a organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A operação, denominada Sangria, é uma alusão às suspeitas de que uma revendedora de vinhos tenha sido utilizada para desviar recursos públicos que deveriam ser destinados ao SUS (Sistema Único de Saúde) no Amazonas.