O Brasil enfrenta a maior crise sanitária e hospitalar de sua história, segundo os dados recentes do Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 Fiocruz, veiculado no dia 16 de março de 2021.
Grande parte dos estados da Federação estão classificados como Zona de Alerta Crítico em relação à ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para coronavírus no Sistema Único de Saúde (SUS).
Além disso, há diversos registros de sobrecargas em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e nos hospitais.
Não é hora para deputados e senadores conservadores — ou que ainda se escondem por trás dessa máscara — dedicarem tanto tempo a hashtags e ‘lives‘ no Twitter ou qualquer outra rede social.
Sabemos do incômodo que a pressão virtual gera nos donos do poder, mas isso a população brasileira já faz diariamente, de forma espontânea e sem precisar de um mandato parlamentar.
Eleitos pelo eleitorado conservador para exercer representatividade, os legisladores das esferas municipal, estadual e federal têm uma obrigação ainda maior com o país neste momento de calamidade.
Com o avanço de medidas absurdas por parte de Estados e Municípios em todo o Brasil, deputados federais e senadores devem atuar por meio da influência e do cargo que ocupam para restabelecer as liberdades de modo efetivo, e não apenas simbólico. De forma democrática e legal, e não frouxa e leniente.
Enquanto PCdoB e PSOL ingressam com ações na Suprema Corte para exigir lockdown nacional, parlamentares autointitulados conservadores estão fazendo enquetes e tuitaços para fugir da atual realidade tupiniquim.
É inadmissível que políticos que se dizem defensores das liberdades individuais e da economia de mercado dediquem seus tempos para confeccionar publicações de repúdio, com sarcasmos e frases de efeito, em vez de providenciar ações efetivas para frear abusos contra cidadãos que até pouco tempo eram livres.
É inconcebível que os mandatários da direita não entendam a dimensão de seus cargos para exercer em prol da população.
Enquanto o governo federal se esforça para restaurar os direitos básicos e a garantir a manutenção da Economia, daqueles que foram aprisionados em seus lares após uma série de decretos que os impedem de exercer plenamente suas atividades, esses políticos da ‘bancada virtual’ ficam isolados num universo paralelo.
E, pior, sem usar de suas prerrogativas legais para atuar em prol dos brasileiros.
Resta o questionamento: é para ‘levantar hashtag‘ que um parlamentar serve numa hora dessa?