Nas primeiras horas desta quinta-feira (10), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, conforme informações da imprensa, a Operação Shadow, visando desmantelar uma quadrilha envolvida no tráfico de drogas. Inicialmente, foi dito que o grupo fornecia cocaína e maconha a servidores e funcionários terceirizados do Supremo Tribunal Federal (STF), entre outros órgãos.
As negociações entre os traficantes e os usuários ocorriam principalmente pelo WhatsApp. Quatro indivíduos foram identificados como os principais responsáveis pela distribuição de drogas para servidores de órgãos públicos, incluindo o STF, o mais alto tribunal do país.
A operação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, além de quatro de prisão, em Samambaia, Ceilândia e Águas Lindas (GO). As investigações revelaram que a organização criminosa tinha uma estrutura sofisticada, usando aplicativos de mensagens e transferências bancárias para facilitar e organizar as vendas de entorpecentes.
Cerca de 50 policiais, com apoio da Divisão de Operações Especiais (DOE) e cães farejadores, participaram da operação. Os acusados responderão pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, com penas que variam de 5 a 15 anos de prisão.
Horas depois, o STF não se pronunciou sobre a operação da PCDF. A Corte alegou que não há servidores envolvidos com prática de crimes em caso investigado pela Polícia do DF. Eis a nota na íntegra:
“A investigação da Polícia Civil diz respeito a fornecimento que teria ocorrido em estacionamento próximo ao Supremo Tribunal Federal, mas que não pertence ao Tribunal. A administração do STF já tentou por diversas vezes regularizar e assumir o local para facilitar o controle, mas não houve autorização do IPHAN. Além disso, não há registro de envolvimento de nenhum servidor do Tribunal na prática de crimes. O STF tem fornecido informações quando consultado pelos investigadores.”