As autoridades do Partido Comunista Chinês vêm forçando mulheres de grupos minoritários a interromper a gravidez e à esterilização feminina em massa. Um relatório, escrito pelo pesquisador alemão Adrian Zenz e publicado pela The Jamestown Foundation, aponta que as mulheres uigures e de outras minorias na China estão sendo submetidas ao controle reprodutivo.
O relatório de 32 páginas mostra que minorias individuais já haviam testemunhado antes sobre medidas forçadas contra a reprodução. E após uma investigação mais profunda, agora pôde ser concluído que o problema é maior do que se pensava inicialmente.
A investigação foi “baseada em estatísticas do governo chinês, documentos estaduais e entrevistas com 30 ex-prisioneiros, familiares e um ex-instrutor do campo de detenção”, como mostra o relatório.
As medidas usadas para regular a gravidez incluem testes obrigatórios, aborto forçado, esterilização e instalação involuntária do DIU.
Além disso, o relatório diz que o governo comunista da China conduziu buscas nos lares das minorias por crianças sem documentos. Se alguém tiver filhos, o Estado poderá enviá-los para os notórios “campos de reeducação” de Xinjiang.
Esses campos foram projetados para reter milhares de minorias extralegais, muitas vezes sem ônus. O Partido Comunista Chinês afirma que os “campos de reeducação” são apenas “centros de treinamento vocacional”. No entanto, muitos dos que sobreviveram aos campos relataram ter passado por tortura, fome e trabalho forçado por longas horas.
O relatório proporcionou mais dados sobre o que os especialistas já previam que estaria acontecendo na região, um possível genocídio. Embora ainda não tenha sido oficialmente declarado como tal, muitos acreditam que a o governo comunista chinês do ditador Xi Jinping está tentando erradicar ou impedir o crescimento de grupos minoritários.
A violação de direitos humanos revelada na China é tão grave que o Secretário de Estado dos EUA, Michael Pompeo, divulgou ontem (29) uma nota oficial no site do Departamento de Estado Americano.
A nota diz:
Sobre o planejamento familiar coercitivo da China e o programa de esterilização forçada em Xinjiang
Comunicado à Imprensa
Michael R. Pompeo, Secretário de Estado
29 de junho de 2020
O mundo recebeu relatos perturbadores hoje de que o Partido Comunista Chinês está usando esterilização forçada, aborto forçado e planejamento familiar coercitivo contra uigures e outras minorias em Xinjiang, como parte de uma campanha contínua de repressão. As chocantes revelações do pesquisador alemão Adrian Zenz são tristemente consistentes com décadas de práticas do PCCh, que demonstram um total desrespeito à santidade da vida humana e à dignidade humana básica. Pedimos ao Partido Comunista Chinês que acabe imediatamente com essas práticas horríveis, e peço a todas as nações que se juntem aos Estados Unidos para exigir o fim desses abusos desumanos.