Um pai que ajudava a treinar o time de hóquei no gelo de seu filho por três anos foi banido como treinador porque questionou o curso obrigatório de treinamento em ‘identidade sexual’ imposto pelo clube Hockey Eastern Ontario, no Canadá. O curso foi exigido a todos os treinadores, após um acordo legal de 2017 envolvendo um jogador de hóquei transexual.
O site Quillette relatou que o homem afirma que, desde 2018, o mundo do hóquei para jovens se tornou mais um local para a propagação da propaganda de guerra cultural LGBT.
“Não posso treinar. Não posso ficar no banco. Não posso ajudar no gelo – mesmo para ajudar no gelo, você precisa deste treinamento”, disse o ex-treinador, a quem o site chamou de John Doe por razões de segurança.
Doe disse ao Quillette que fez o número de cursos exigidos para treinadores e apoia os esforços contra a discriminação da Liga de Hóquei que supervisiona quase todos os jogadores a partir dos seis anos de idade. Mas ele disse que decidiu não prosseguir quando viu a apresentação de slides sobre sexo no curso de diversidade sexual exigido.
“Eu ficaria bem em fazer um curso de conscientização se fosse factual e baseado na ciência. Mas senti que era ideológico demais”, disse Doe.
O processo que resultou nos novos requisitos foi instaurado por Jesse Thompson, uma criança biologicamente feminina que se identifica como menino. Thompson reclamou que tinha sido impedida de usar um vestiário masculino devido à sua anatomia feminina. Por fim, a Liga de Hóquei cedeu à queixa e pediu a uma organização ativista LGBT chamada Egale Canada que escrevesse os novos materiais de treinamento da liga.
Segundo o Quillette, o Egale Canada, um grupo de Toronto fundado em 1986, publicou materiais indicando que as crianças entendem sua identidade sexual “entre as idades de três e cinco”. E no curso de identidade sexual que o Egale produziu para a liga de hóquei, essa idade foi reduzida para “entre 18 a 30 meses”.
Vários dos slides do curso sobre identidade sexual argumentam que “o sexo binário foi imposto às sociedades nativas, inclusive na terra que hoje conhecemos como Canadá”.
O Quillette continua descrevendo outros slides da apresentação:
“Em outro slide, em meio a um desfile de paletós masculinos / femininos rosa e azuis de várias formas, o conceito de ‘polígono dos sexos’ é introduzido para definir pessoas que se identificam com ‘múltiplos sexos’ simultaneamente e podem ser de ‘vários sexos’ ao mesmo tempo, ou eles podem alternar entre suas variadas identidades sexual, dependendo do dia ou da semana. Os treinadores também devem aprender sobre os indivíduos que se interessam por identidade sexual, que existem em um espaço de sexo extra-dimensional indefinido que lhes permite rejeitar completamente o sexo biológico- embora isso não deve ser confundido com ‘assexual’, um rótulo que se aplica àqueles que são apenas ‘sem sexo'”.
Mais tarde na apresentação, o Quillette informou que durante o curso os treinadores realizam testes com temas de hóquei (“Arraste e solte cada disco na rede correspondente”) para testar a compreensão dos treinadores sobre esses termos de ‘ramificações sexuais’”.
“Eles estão colocando isso em um curso de treinamento obrigatório para eu ser voluntário com meu filho?”, disse Doe ao Quiillette. Ele disse que pediu à liga uma isenção temporária para explicar sua objeção, mas ela foi negada.
Ele também escreveu para o Egale Canadá e desafiou parte do material do curso, mas sua queixa não foi ouvida.
“Quanto mais eu procurava sobre isso na internet, mais eu via que não estava sozinho. Muitas pessoas se manifestam e estão descontentes com o modo como os ativistas LGBTs estão controlando a narrativa em torno disso”, concluiu Doe.