Últimas

Organização Mundial da Saúde diz que 81% dos jovens se exercitam pouco

Televisão, computadores e telefones celulares garantem que os jovens se concentrem principalmente na tela em vez de prática de exercícios.

Quatro em cada cinco jovens em todo o mundo exercitam tão pouco que é prejudicial à saúde, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) em um relatório sobre atividades físicas divulgado na revista científica The Lancet, em parceria com o Imperial College London e a Universidade da Austrália Ocidental.

Segundo o relatório, as meninas em particular precisam se exercitar mais.

Neste primeiro relatório, a OMS soa o alarme.

Televisão, computadores e telefones celulares garantem que os jovens se concentrem principalmente na tela em vez de prática de exercícios.

A Organização Mundial da Saúde diz que é necessária uma ação imediata.

“Definitivamente, precisamos fazer mais para movimentar esses jovens ou aceitar uma imagem de saúde muito sombria entre eles”, disse Leanne Riley, uma das pesquisadoras.

O relatório é baseado em dados de pesquisas realizadas entre 2001 e 2016 entre 1,6 milhão de adolescentes entre 11 e 17 anos, em 146 países. Quatro em cada cinco não cumpriram a recomendação da OMS de se exercitar por pelo menos uma hora, como caminhar, jogar, andar de bicicleta ou participar de esportes organizados.

Em 27 países, a porcentagem de meninas que se exercitam pouco demais chegou a 90% em 2016.

Somente no Afeganistão, Samoa, Tonga e Zâmbia as meninas ficaram atrás dos meninos em atividade física.

Os autores do relatório citam o desenvolvimento como preocupante, porque a atividade física regular oferece um grande número de benefícios à saúde, desde melhora da função cardíaca e pulmonar e redução da obesidade até melhora da função cognitiva, facilitando o aprendizado.

“Temos que fazer mais para tornar esse grupo mais ativo”, disse Riley.

No Brasil, 4 em cada 5 crianças e adolescentes brasileiros entre 11 e 17 anos realizam menos atividade física do que a uma hora diária recomendada. A porcentagem constatada no país (83,6%) é maior que a média mundial, de 81%, de acordo com estudo.

O estudo alerta que, se a não houver mudanças, a meta de reduzir em 15% a taxa de inatividade não será alcançada até 2030.