A Gazeta do Povo, que é um dos maiores jornais do país, sediado em Curitiba (PR), veio a público para desmentir uma série de outdoors que foram instalados com palavras atribuídas ao presidente da República, Jair Bolsonaro.
Os painéis publicitários, que ao todo foram 7, instalados nas ruas da capital paranaense, trazem a seguinte colocação: “Sou capitão do Exército. A minha especialidade é matar, não é curar ninguém”. Em cima das aspas, está destacado o termo: ‘300.000 mil mortos’.
Contudo, segundo o jornal, os trechos da citação “são de uma reportagem da agência de notícias Folhapress que a Gazeta publicou em 30 de junho de 2017 do então deputado federal Jair Bolsonaro falando do medicamento fosfoetanolamina, conhecida como pílula do câncer.”
Ao dizer que ‘era preparado para matar’, Bolsonaro fazia menção à formação militar que teve como capitão do Exército.
Eis a declaração do então parlamentar na íntegra: “Estive à frente para aprovar a fosfoetanolamina. Cura ou não cura, não sei. Sou capitão do Exército, a minha especialidade é matar, não é curar ninguém. Mas apresentei junto com mais alguns colegas e aprovamos. Dá certo ou não dá? Vamos dar a chance daquele que tem o dia marcado para morrer tomar a pílula.”
Fora do contexto, a peça tenta associar a declaração de Bolsonaro, que na época era deputado federal, em 2017, à pandemia da Covid-19, que só teve o primeiro registro no Brasil em fevereiro de 2020, ou seja, quase quatro anos depois.
Segundo a Gazeta do Povo, os painéis estavam nas ruas Desembargador Westphalen, no Centro, Monsenhor Ivo Zanlorenzi, no Campo Comprido, e mais seis pontos centrais.
Ao jornal, um dos sócios da empresa responsável pelos outdoors informou que decidiu retirar os anúncios. No entanto, não foi informado quem teria financiado as peças publicitárias.