O ministro da Justiça, Sergio Moro, confirmou nesta sexta-feira a saída do governo Jair Bolsonaro.
Por volta das 11h, o pronunciamento foi iniciado em Brasília.
Moro alegou tentativa do presidente de interferir politicamente na Polícia Federal.
“[O] presidente me disse mais de uma vez que ele queria ter uma pessoa do contato pessoal dele [na Polícia Federal], que ele pudesse ligar, colher relatórios de inteligência. Realmente não é o papel da Polícia Federal prestar esse tipo de informação”, afirmou.
Ainda segundo Moro, é inaceitável a condição de contato com qualquer responsável pelo órgão da PF.
“As investigações têm que ser preservadas. Imaginem se durante a própria Lava Jato, o ministro, um diretor-geral, presidente, a então presidente Dilma, ficassem ligando para o superintendente em Curitiba para colher informações sobre as investigações em andamento.”
E acrescentou:
“A autonomia da Polícia Federal como um respeito à autonomia da aplicação da lei, seja a quem for isso, é um valor fundamental que temos que preservar no estado de direito.”