A Secretaria de Comunicação da Presidência da República emitiu nota nesta segunda-feira (4) sugerindo que a Globo investigue o suposto pagamento de propinas para a compra dos direitos de transmissão das partidas da Copa do Mundo.
A nota do órgão, que é comandado Fabio Wajngarten, representa a primeira reposta à altura à emissora que já se mostrou antagonista ao presidente.
No texto, a Secom diz que considera “lamentável” que a TV Globo “considere motivo de comemoração a veiculação de matéria que, sob o verniz de jornalismo imparcial, somente leva desinformação aos brasileiros”.
A nota foi uma resposta a uma carta que o diretor geral da emissora enviou a seus jornalistas.
Nela, Ali Kamel, dá “os parabéns mais efusivos” aos repórteres da emissora no Rio de Janeiro responsáveis pela matéria que envolveu o nome do presidente Jair Bolsonaro ao assassinato da ex-vereadora Marielle Franco.
O texto segue dizendo que se a Globo fizesse “bom jornalismo, como defende, investigaria e publicaria, por exemplo, sua própria participação em supostos pagamentos de propina a dirigentes da Fifa para compra de direitos de transmissão da Copa do Mundo”.
LEIA A ÍNTEGRA
A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) repudia a perseguição da TV Globo ao presidente Jair Bolsonaro, na tentativa de envolvê-lo no caso Marielle.
É lamentável que a TV Globo considere motivo de comemoração a veiculação de matéria que, sob o verniz de jornalismo imparcial, somente leva desinformação aos brasileiros.
Caso a emissora tivesse realmente pautado seu trabalho pela imparcialidade, rigor na apuração e profundidade de investigação, não teria levado ao ar matéria tão frágil do ponto de vista jornalístico. A reportagem seguiu adiante mesmo sabendo que o depoimento que relacionava o presidente da República não passou de fraude e se apresenta como outro crime que merece apuração. Jornalismo não pode ser feito com suposições.
É evidente o foco da emissora em promover discórdias e enfraquecer o governo, enquanto outros fatos notórios positivos do país são silenciados, pois não interessam aos cofres da empresa. Se a TV Globo fizesse bom jornalismo, como defende, investigaria e publicaria, por exemplo, sua própria participação em supostos pagamentos de propina a dirigentes da Fifa para compra de direitos de transmissão da Copa do Mundo.