Um protesto batizado de ‘bicicletada patriótica’ reuniu centenas de ciclistas na manhã deste domingo (18), no centro do Recife, em Pernambuco.
O ato começou pouco depois das 09h, tendo o Marco Zero como ponto de concentração. O evento foi organizado pelo produtor cultural Paulo Kémmer.
Segundo ele, a pauta central da mobilização girou em torno do voto impresso auditável, que teve a votação do parecer do relator Filipe Barros (PSL-PR) adiado.
A suspensão foi fruto de uma articulação da base governista, que visa fazer os devidos ajustes no texto até a próxima sessão ordinária.
Com isso, apoiadores da PEC 135/2019 estão agendando manifestações de ponta-a-ponta do país em defesa da pauta, cuja autoria é da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF).
Ainda sobre o ato deste domingo, o grupo percorreu várias vias da cidade do Recife, encerrando as atividades no bairro da Jaqueira, localizado na Zona Norte.
De acordo com os participantes, cerca de 500 pessoas marcaram presença no protesto.
Um dos participantes da ‘bicicletada patriótica’ foi o jovem Mateus Henrique, fundador e líder do Direita Pernambuco.
Ao falar sobre os próximos encontros, ele destacou que a capital pernambucana vai aderir ao ato pró-voto impresso auditável do dia 1 de agosto, previsto para ocorrer em âmbito nacional.
Nas redes sociais, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), uma das entusiastas da PEC, divulgou uma convocação do ato por meio de um vídeo com o relator da proposta na comissão, Filipe Barros.
Como funcionaria o voto impresso auditável
1] O texto prevê que em eleições, plebiscitos e referendos seja “obrigatória a expedição de cédulas físicas conferíveis pelo eleitor, a serem depositadas, de forma automática e sem contato manual, em urnas indevassáveis, para fins de auditoria”.
2] O cidadão continuaria exercendo o voto normalmente por meio da urna eletrônica. A diferença é que, após confirmar o voto, uma cédula com o nome do candidato seria impressa e depositada em um recipiente transparente e lacrado. A cédula ficaria visível ao eleitor e funcionaria como um comprovante.
3] Sem nenhum tipo de contato manual com a cédula impressa, o eleitor faria a conferência se o nome, número e informações são do candidato no qual votou. Se sim, confirmaria o voto pela segunda vez. Contudo, ele não levaria consigo a cédula impressa, pois esta permaneceria na seção eleitoral.
4] As cédulas impressas serviriam para auditar a eleição, caso necessário. O processo de auditoria poderia ocorrer por amostragem, quando houver contestação.
A impressão do voto nas urnas eletrônicas em todo o país deve custar, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), R$ 2,5 bilhões aos cofres públicos nos próximos dez anos.