Em entrevista ao jornalista Oswaldo Eustáquio, a médica oncologista e imunologista, Nise Yamaguchi, cotada para assumir a pasta da saúde, que defende uso da hidroxicloroquina em casos leves, médios e graves de coronavírus, foi questionada sobre a pauta do aborto, caso seja oficialmente ministra.
Nise concordou com o questionado do Eustáquio, que o Brasil é formado por sua maioria cristã. Ela afirmou que é cristã, e não tem receio algum de dizer que é contra o aborto.
Em determinado momento, ela relatou que ajudou uma empregada que gostaria de abortar o filho no 2° mês de gestação, mas que foi impedida por ela, que ofereceu ajuda para criar o bebê.
Ainda segundo ela, 25 anos após o ocorrido, a emprega disse que não ter cometido o aborto foi a melhor decisão que já tomou na vida.
“A vida é um bem inquestionável, inegociável. Se a gente luta para salvar uma vida fora do útero, temos que lutar para salvar uma vida dentro do útero”, declarou.
Ainda falando sobre o assunto, ela disse que existem leis em relação a estupros e outros segmentos que devem ser refletidos. Contudo, ressaltou que ela é “completamente a favor da vida”.
“Eu sou a favor da vida, eu luto pela vida. O Brasil é um país de uma capacidade incrível de amar. Eu sou completamente tranquila sobre essa questão. Eu sou contra o aborto. Eu não diria sempre ‘nunca’ [por questões já mencionados antes como estupro]. Mas eu acho que existem questões de bioetécia absolutamente necessárias. Eu luto pelas vidas. E por isso que estou aqui, inclusive, e coloco à disposição o meu currículo, a minha trajetória, os meus conhecimentos”, acrescentou.
E encerrou o assunto dizendo:
“Eu me coloco sempre à serviço. Eu não recuso tarefas que são a mim destinadas.”