O Ministério Público de São Paulo apresentou nesta quarta-feira (29) uma ação cível de ressarcimento contra o ex-senador e ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira (PSDB).
A ação pede que ele devolva R$ 854 mil, em valores corrigidos. Segundo o MP, Aloysio teria recebido esse valor da Construtora Odebrecht, a título de suposto caixa 2 de campanha em 2010.
Conforme aponta a denúncia do promotor Ricardo Manuel Castro, naquele ano, Aloysio Nunes, então chefe da Casa Civil do governo de São Paulo, solicitou o pagamento de vantagem indevida no valor de R$ 500 mil aos diretores Carlos Armando Paschoal e Roberto Cumplido, da construtora Odebrecht, para financiar a campanha dele ao Senado em 2010.
A contribuição da Odebrecht, segundo a ação, teria sido em troca de favores políticos.
“Como já suficientemente demonstrado, o requerido Aloysio Nunes Ferreira Filho, quando no desempenho das funções de Chefe da Casa Civil do Governo do Estado de São Paulo, pediu aos representantes da Construtora Norberto Odebrecht S/A dinheiro e recebeu a quantia de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais ), a título de contribuição de forma ilícita em benefício da campanha a Senador pelo Estado de São Paulo em 2010, sendo confessado pelos representantes da aludida pessoa jurídica que a finalidade desses pagamentos era conseguir a liberação de pagamento de parcelas em atraso e discutidas judicialmente com o DERSA S/A acerca das obras da Rodovia Carvalho Pinto”, diz a ação proposta pelo MP-SP.
O outro lado
Em resposta, Aloysio Nunes disse que a ação do MP-SP não tem ‘amparo na realidade’ e se trata de uma ‘chicana’ e um ‘desperdício de recursos públicos’.
“Trata-se de uma chicana. O caso relatado foi investigado por dois anos e arquivado por absoluta falta de amparo na realidade, e causa estranhamento que seja utilizado como argumentação para um novo processo. É um desperdício de recursos e dinheiro público”, disse ao G1.