O Ministério Público de Minas Gerais denunciou, nesta sexta-feira (18), o deputado federal Aécio Neves (PSDB).
Além do ex-senador, outras 16 pessoas também foram denunciadas pelos crimes de peculato, corrupção e lavagem de dinheiro nas obras da Cidade Administrativa, sede do governo estadual.
As investigações apontam que as irregularidades ocorreram entre 2007 e 2010. Porém, tudo só teria sido descoberto apenas seis anos depois após uma delação premiada durante a Operação Lava Jato.
Segundo o MP, prejuízos sofridos pelo cofres públicos teriam superado o valor de R$ 50 milhões.
Três executivos de duas empresas confirmaram os crimes em 2017, que teriam acontecido durante a gestão de Aécio Neves.
Ainda de acordo com o MP, ao todo, nove empresas empreiteiras se uniram “para fraudar a licitação e repartir ilicitamente os contratos para a execução das obras”.
Parte do dinheiro teria sido paga por “meio de contratos fictícios e, ainda, por valores entregues a terceiros, em evidente conduta de ocultação e lavagem de dinheiro”.
O outro lado
Em nota, a defesa de Aécio Neves diz que “lamenta a precipitação e o absurdo da denúncia apresentada pelo Ministério Público. A obra citada, concluída há mais de 10 anos, foi realizada de forma exemplar, com os preços apresentados na licitação considerados abaixo dos de mercado pelo próprio MP à época e considerada correta por todos os órgãos de controle como TJ, TCE. O edital foi aprovado pela AGE e submetido previamente ao MP. Por isso a denúncia é insustentável. A defesa confia que a Justiça irá demonstrar a injustiça e o absurdo da falsa acusação”.