O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, concedeu entrevista à CNN Brasil na noite desta última quinta-feira (26).
Mourão foi perguntado acerca da discussão que ele presenciou entre o presidente Jair Bolsonaro e governador de São Paulo, João Doria.
Mourão, que estava ao lado de Bolsonaro, negou que tenha reprovado a reação do presidente, embora por dois momentos tenha feito sinal de ‘negativo’ com a cabeça durante o bate-boca.
“O que me constrangeu foi a discussão levantada naquele momento. Seja pelo próprio governador, seja pelo presidente. Tudo aquilo poderia ter sido evitado e a gente podia ter se concentrado na busca pela solução dos problemas atuais”, afirmou.
Questionado se Doria e Witzel estariam se aproveitando politicamente do episódio, Mourão foi pragmático e disse que não comentaria essa situação porque não é seu papel, mas acrescentou que as disputas são “parte do jogo político”.
“Desde o começo quis me apresentar como o escudo e a espada dele [Bolsonaro], então eu vejo a luta política como algo normal. Na profissão que eu exerci por 46 anos, eu não podia ser aplaudido, mas também não podia ser vaiado. Agora, a gente pode. Então eu vejo que isso faz parte do jogo político”, declarou.
Ainda segundo o vice-presidente, polêmicas dessa natureza atrapalham e os entes da federação deveriam deixa de lado suas “paixões políticas” neste momento.
“Tem muito prefeito tomando atitude porque o candidato da oposição fala que ele não fez nada, aí o prefeito vai lá e toma uma atitude”, denunciou, mas sem citar nomes.