O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse, em depoimento à Polícia Federal, que ouviu de ministros do Palácio do Planalto que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, é ligado ao chamado ‘gabinete do ódio’.
Testemunha no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura uma suposta organização de atos antidemocráticos, Moro frisou que “havia comentários correntes de pessoas de dentro do governo da existência do denominado gabinete do ódio”.
Apesar disso, ele não tratou do tema enquanto esteve no cargo.
O depoimento foi divulgado pelo ‘O Globo’, o G1′ e a TV Globo, emissora que Moro aceitou depor logo após que saiu do governo, concedendo supostos materiais e fazendo uma série de denúncias no programa Fantástico.
“Cobramos provas das acusações e Sérgio Moro apresenta provas exclusivas ao Jornal Nacional”, anunciou Bonner, em rede nacional, no dia 24 de abril de 2020.
‘Gabinete do ódio’
Este termo utilizado por Moro vem sendo encarado como um suposto grupo que atuaria no Palácio do Planalto com a finalidade de atacar opositores do governo Bolsonaro.
De acordo com o ex-ministro, Carlos Bolsonaro e Tercio Arnaud, assessor especial da Presidência da República, “eram normalmente relacionadas ao denominado gabinete do ódio”.