Em entrevista ao jornalista Boris Casoy, da RedeTV, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, respondeu sobre o que pensa em relação à prisão perpétua e pena de morte.
Ele citou um exemplo para o primeiro caso e afirmou não saber “se é necessário tudo isso”, mas que o sistema atual gera insatisfação.
Sobre a prisão perpétua, Moro citou a insatisfação em torno da impunidade no Brasil.
“Olha, eu vejo que vários países europeus têm penas de prisão perpétua. Não sei se é necessário tudo isso, mas é absurdamente insatisfatório quando se vê, no Brasil, pessoas condenadas, por exemplo, por homicídio qualificado, às vezes com requintes de crueldade, ficando menos de dez anos na prisão. É uma pena que parece desproporcional a gravidade desses crimes”, defendeu.
Sobre a pena de morte, o ministro fez uma reflexão sobre as implicações de aderir esse tipo de condenação.
“O problema da pena de morte sempre envolve a questão do erro judiciário. Quando se erra é impossível voltar atrás, então isso é realmente um problema apontado inclusive nos países que adotam [a pena de morte]”, avaliou.
Moro também avaliou a progressão de pena e disse que é favorável para que medidas mais rígidas sejam efetivadas.
“Além da pessoa acabar respondendo por uma pena desproporcional ao crime, isso gera descrédito do sistema de justiça”, concluiu.
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